MG: cadeia do leite discute crise do setor
Representantes de toda a cadeia do leite - produtores, indústrias e varejistas - se reuniram ontem, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para discutir a crise enfrentada pelos produtores de leite, em função dos baixos preços.
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Segundo o presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembléia, deputado Vanderlei Jangrossi (PP), dentro de 15 dias, a ALMG promoverá uma audiência pública para buscar soluções e propostas para o setor.
"Há produtores recebendo R$ 0,40 - R$ 0,50 por litro, mas os custos de produção têm variado de R$ 0,60 a R$ 0,70", apontou, lembrando que, em função dos bons preços pagos no ano passado, entre R$ 0,80 e R$ 1,00, houve um incentivo à produção e, conseqüentemente, aumento da oferta. "Vamos tentar, na audiência pública, elaborar propostas que possamos levar aos governos estadual e federal em busca de uma forma de socorrer o produtor, que está sendo obrigado, até mesmo, a vender parte do gado para saldar dívidas", destacou o deputado.
A matéria foi publicada no jornal Hoje em Dia, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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CAMPO BELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 03/11/2008
E os adubos antes subiam porque o dolar subia. O dolar ficou dois anos no mesmo valor e os adubos continuaram subindo, agora o dolar subiu eles elevaram as alturas os preços e já houve queda de 10% a 15% e até agora nada de baixas. Este país merecia ter governantes?! Ou não!

ARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 01/11/2008
Tomem alguma atitude para que, pelo menos, o orçamento financeiro das propriedades se equilibrem.
Nós produtores sempre somos os únicos que somos penalizados. Quando temos um produto em excesso no mercado, o que deveria ser feito? Em todos os setores, a solução do mercado é abaixar os preços para vender mais. Por que no caso do leite, não é assim? Os preços nos supermercados continuam os mesmos. Como as indústrias se explicam? Se desculpam? Tem muita gente que pode consumir este leite excedente se baixasse o preço. É só ir nas periferias das cidades e verificar.
Se pelo menos as pessoas pobres estivessem bebendo o leite que trabalhamos e suamos para produzir, valeria a pena, pois pelo menos estaríamos fazendo caridade, ajudando na saúde da população e agradando a Deus. "Ele" tem nos ajudado muito. Agora, os homens...
O produtor tem vontade de produzir com qualidade, com investimentos, mas como? Se o custo está superior à receita recebida! Em qualquer empresa não funciona assim. Faz-se o levantamento dos custos e define o preço final. Mas no caso do produto leite e da empresa rural, vocês sabem que a indústria vende, tira o lucro e o que "resta", "passa" ao produtor rural. O produtor que levanta cedo, tira o leite, gasta com produtos de limpeza, com resfriador, com energia, com remédios, com semem, com nitrogênio, com manutenções, com funcionário, etc. Se vocês quizerem eu mostro a quem quizer as despezas e as contas que chegam no fim do mês e o meu extrato de pagamento.
Se algum administrador der conta de administrar melhor, eu contrato. Desculpem o desabafo, mas o preço de leite baixando, contas a serem pagas, plantio para fazer e adubos que não tiveram noção de aumento. O que vocês sugerem? Aceito sugestões. Com efeito, se fosse em uma empresa convencional já teria fechado as portas. Se não for feito nada, é isso que vai acontecer com as milhares de empresas rurais.
Bom, o que é que tem né? As pessoas do campo, vão para as cidades trabalhar nas empresas convencionais, aquelas que tem lucros, fazem investimentos. Ou vão para as favelas, para a marginalidade, atrapalhar a segurança das cidades.
Os políticos precisam dos votos para eles serem eleitos e ficarem em salas com ar condicionado, ternos, gravatas, com secretárias, frequentar as reuniões e não fazer nada por nós produtores, que produzimos o leite que eles tomam, o queijo que eles comem, enfim, os alimentos que tem de "sobra", estão "excedentes" em produção. Claro que sobra, não são todas as pessoas que consomem. Pergunte para as crianças das periferias se elas querem beber leite.
Bom, este desabafo vai ser arquivado mesmo, ninguem que resolve o problema vai ler mesmo. Então, valeu pelo menos escrever.

SERRO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 01/11/2008

CAJOBI - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 01/11/2008
Fazer uma politica seria estipular quotas de producao, como existem em paises desenvolvidos. Mas como fazer isso num pais onde o leite é assistencia social a comunidades pobres. Portanto, vamos ficar nesse sobe e desce e salve-se quem puder até muita gente sair definitivamente do leite, aqueles que sobrarem e profissionalizarem sobreviveram. Até que tudo isso aconteça, pode levar uns 50 anos.