ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Mercado de chocolates: maior competição favorece acordo entre Nestlé e Garoto

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 03/06/2016

3 MIN DE LEITURA

0
0
O aumento no consumo de chocolates e a competição no mercado pode ser um dos trunfos da fabricante suíça Nestlé ao pedir a reavaliação da compra da Garoto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), doze anos depois de o negócio ter sido vetado.

Estudo do Departamento de Estudos Econômicos do Cade reconhece que o mercado teve "significativas mudanças" e que a Nestlé não tem o mesmo domínio de antes. Em 2004, dois anos após o anúncio do negócio entre as duas empresas, o Cade decidiu impedir a união ao concluir que a multinacional suíça ficaria com 58% do faturamento do mercado de chocolates no país, com prejuízo para a concorrência. A Nestlé, então, foi à Justiça.

Em 2007, obteve uma vitória em primeira instância, abrindo uma sucessão de disputas nos tribunais. A Nestlé é dona da Garoto, mas, desde o veto, as companhias mantêm operações e administrações separadas. Para especialistas em regulação, é improvável uma decisão que vete a operação por completo e determine a separação ou a venda da Garoto. A expectativa é por decisão de meio termo - nem tão restritiva quanto gostaria o Cade, nem tão permissiva quanto quer a Nestlé.

"Passados mais de dez anos daquele julgamento, novas empresas entraram em alguns segmentos do mercado, novos canais de distribuição se desenvolveram, as preferências dos consumidores também se alteraram, tudo isso dentro de um ambiente mais amplo de mudanças econômicas e sociais", diz o Cade, em trecho da nota técnica. As maiores empresas - Nestlé, Garoto e Mondelez - mantêm sua liderança, contudo se observam indícios de que seu poder de mercado já não se mostra tão intenso quanto se observou em 2004.

"No ano passado, a fatia total da Nestlé no mercado brasileiro era de 43%, sendo 23% da Garoto. A Hershey's elevou sua participação de 3% para 4% entre 2006 a 2015 e a Ferrero ganhou um ponto percentual em igual período, subindo para 3,7%, segundo a consultoria Euromonitor. A Mondelez, dona de Lacta, Milka e Toblerone, saiu de uma fatia de 33% para 31% em nove anos. Para as grandes, foi mais difícil resistir às investidas das novas marcas.

"Devido a situação econômica das famílias brasileiras nos últimos anos, uma das possíveis explicações para a perda de mercado da Nestlé é a escolha de produtos mais em conta pelos consumidores, o que beneficia a marca Arcor, posicionada com um produto mais acessível, e justifica a estratégia da Hershey's de baixar os preços de seus tabletes e lançar itens para serem consumidos em porções menores", diz estudo da consultoria Sonne.

A Mars tem apostado em formatos individuais para as marcas M&Ms, Twix e Snickers, além de embalagens tamanho família, para estimular o consumo imediato e ganhar mercado, diz Oduvaldo Viana, diretor de marketing do segmento de chocolates da Mars Brasil. A maior parte do mercado no país segue voltada para o consumo futuro ¬ as caixas de chocolate sortidas lideram o segmento com 38% em volume e 36% em valor, o que pode ser explicado pelo custo benefício e a possibilidade de o pacote ser dividido.

Os tipos "ao leite" representam 63% do mercado, mas a demanda por chocolates com porcentagens mais altas de cacau, vindos da Bahia ou de produtores tradicionais como Peru, Gana e Venezuela, está crescendo. Atentas a essa demanda, a expansão de chocolaterias e butiques como Cacau Show, Brasil Cacau e Kopenhagen mudou de vez a concorrência. As redes especializadas saltaram de 200 para mais de 4 mil em uma década, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).

O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de chocolates no mundo e tem espaço para avançar. Cada brasileiro consumiu, em média, 1,6 quilo do produto em 2015, quase o dobro de dez anos atrás, mas três vezes menos que os Estados Unidos. "Para expandir, uma oportunidade é aumentar a disputa com snacks e sobremesas", diz Max Bavaresco, sócio da Sonne.

O mercado de chocolates movimentou R$ 13,95 bilhões em 2015, com alta de 11% sobre o ano anterior. A Garoto encerrou 2015 com lucro líquido de R$ 35,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 158,4 milhões informado 12 meses antes, principalmente devido ao controle de custos e despesas. A receita líquida somou R$ 1,48 bilhão, baixa de 1,64% na comparação anual. Os custos recuaram 2,4%, para R$ 996,4 milhões, e as despesas comerciais e administrativas diminuíram 32%, para R$ 368 milhões. A Nestlé disse estar impedida de se manifestar sobre a proposta a ser analisada pelo Cade no caso da compra da Garoto, "devido ao caráter confidencial dos documentos e em respeito aos próprios ritos da entidade".

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint.
 

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures