Mercado atacadista de lácteos dá sinais de melhoria

Após um período de queda nos preços e frustração de produtores e indústrias, o setor lácteo parece dar sinais de estabilidade ou até mesmo recuperação, considerando os valores praticados no mercado atacadista.

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Após um período de queda nos preços e frustração de produtores e indústrias, o setor lácteo parece dar sinais de estabilidade ou até mesmo recuperação, considerando os valores praticados no mercado atacadista.

Fontes do setor consideram que o período de queda de preços pode ter chegado ao fim, e que alguns produtos já apresentam recuperação nos valores. O leite longa vida - produto de peso no mix das indústrias e que teve forte queda nos preços -, parece ter ganhado fôlego neste mês, e em algumas praças o produto sinaliza aumento nos valores do atacado. No Rio de Janeiro, segundo um informante, o produto passou de R$ 1,06 para cerca de R$ 1,20 - R$ 1,25 na última semana, sendo que algumas marcas já anunciaram até R$ 1,35.

Em Minas Gerais, o longa vida também mostra reajustes, segundo fontes consultadas. O produto no atacado, anteriormente cotado a cerca de R$ 1,10, na última semana foi comercializado a R$ 1,30, aproximadamente. No Paraná, agentes do setor informaram valorização do produto nos últimos dias, sendo cotado em torno de R$ 1,20 a R$ 1,25. Se estes valores ainda não animam, pelo menos são melhores do que os negócios que vinham sendo realizados nos últimos 45 dias.

Os queijos também mostram estabilidade de preços, com recuperação em algumas regiões. O queijo tipo mussarela, teve reajuste de cerca de R$ 1,00 nos últimos quinze dias, segundo informantes do setor. Na média, o produto está sendo cotado a R$ 8,00 - R$ 8,50, no atacado.

Porém, os preços internacionais encontram-se em níveis bem abaixo dos observados nos últimos meses (Leia aqui a última matéria sobre os preços internacionais de exportação). O efeito negativo destes preços está sendo parcialmente compensado pela valorização da moeda norte americana, favorecendo a exportação dos produtos brasileiros. As taxas de câmbio mostraram forte variação nos últimos dias. Considerando a cotação de ontem (20), R$ 2,1174, a valorização da moeda americana frente ao real nos últimos 60 dias é de 30,65% (R$ 1,6207 em 20/08).

Os próximos meses são de expectativa, já que o início de chuvas regulares marca o começo das safras nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e, com isso, o volume de produção será fator crítico nos preços praticados. A crise financeira mundial também tem contribuição decisiva neste cenário turbulento, por mostrar dia após dia mais incógnitas em relação ao seu desfecho.

Equipe MilkPoint
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Marcelo Leite Lopes
MARCELO LEITE LOPES

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/11/2008

Até que enfim uma luz no fim do tunel! Opa! Será que o trem vindo contra? Cautela, cautela e cautela. O excesso de confiança nos levou à situação atual com inúmeros aventureiros, sem técnica e sem controle a entrar e banguçar o nosso já desequilibrado mercado do leite. Eu olho com muito receio este fim de ano e o próximo ano.
Paulo Fernando Andrade Correa da Silva
PAULO FERNANDO ANDRADE CORREA DA SILVA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/10/2008

Interessante a análise do Sr. Sávio Santiago. Realmente, quem não produz qualidade fica dependente demais do preço para participar do mercado internacional. E a enorme variação do Real em relação ao Dolar nos deixa extremamente vulnerávies na disputa de espaço no mercado global.

Lembro somente que para produzir qualidade, o pecuarista precisa de apoio. Só um exemplo: aqui em Santa Isabel a empresa concessionária de energia elétrica corta o fornecimento, e o reestabelece em seguida, quase todos os dias durante o horário de ordenha. Consequencia: interrupção da ordenha, desperdício de ocitocina, mastite, CCS alta. Não há vaca que aguente; e na conta de luz, no campo reservado à interrupção de fornecimento... tudo normal.
Quem produz qualidade assim?

Abraço.
Paulo Fernando
APLISI.
Roberto Bueno Rosa
ROBERTO BUENO ROSA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/10/2008

Prezado Senhores,

Bom, a crise é mundial, isso todos nós sabemos. Agora nosso país é realmente abençoado por Deus. Clima, terra, entaõ, precisamos ter paciência para superar os obstáculos e continuar no que o pecuarista mais gosta, que é produzir leite. Devemos no entanto ter cautela, reduzindo custos para não atingir o vermelho, ou seja ´se trocar cebolas, está de bom tamanho para a crise que estamos passando. Agora cada produtor, tem que profissionalizar seu leite, não só gostar de produzir, para maximizar todo o potencial de seus animais. Melhoras vem por aí. Abraços.
Beatriz Tatiana Quirino
BEATRIZ TATIANA QUIRINO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 22/10/2008

Nossa, pelo menos a tão esperada luz no fim do túnel. Espero que seja daí pra melhor.
Vicente Romulo Carvalho
VICENTE ROMULO CARVALHO

LAVRAS - MINAS GERAIS - TRADER

EM 22/10/2008

Ao que tudo indica, em razão do cenário internacional, a crise vai bater forte no setor produtivo, notadamente no de lácteos, que depende de exportações. Hoje mesmo já deparei com a notícia, de que alguns contratos de exportações de lácteos com a Venezuela vencem no mês que vem e, sem pespectivas de renovação. Isto tem a ver com outra noticia de ontem, de que com o barril de petróleo abaixo de 80 dolares, as contas públicas da Venezuela se complicam.

Veja bem o tamanho do problema, com o setor internacional às mil maravilhas, as coisas não andavam bem para o setor lácteo, com este cenário, devemos esperar o que? Enfrentamos a crise atual, com custos de produção bem menores e, se a crise agravar, com os custos de produção atuais, o que será? Devemos arrumar a casa dentro da porteira, esperando o pior com todo o realismo, e rezarmos para que não aconteça e, quando as coisas clariarem, nos prepararmos para os bons tempos, que certamente virão.
Emerson da Silva Ferreira
EMERSON DA SILVA FERREIRA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/10/2008

A esperança é que a normativa 51 faça valer o produtor que investe em qualidade, genética, manejo, nutrição animal, planejamento e gerenciamento com cursos profissionalizantes, ou seja, que fique no ramo os que realmente são conscientes na atividade, que tenham uma produção planejada para não ter problema de excesso ou escassez do produto.

Possuimos realmente custos altos, mas que tenhamos o produto com quantidade, sendo este de baixo ou auto custo, mas que no produto final tenha valor compativel para manutenção e profissionalização da atividade, mesmo porque não devemos ficar dependentes de orgãos gorvernamentais.
THIAGO AUGUSTO PALUMBO
THIAGO AUGUSTO PALUMBO

CONCEIÇÃO DA BARRA DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/10/2008

Na minha cidade o pagamento do leite em outubro, produzido em setembro, ja estabilizou (R$ 0,60), e o que esta sendo produzido agora no mes de outubro e vai ser pago em novembro as industrias compradoras ja anunciaram uma pequena valorizaçao, parece que ja esta aparecendo uma luz no fim do tunel, eu acho que ja é um bom sinal.
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 21/10/2008

O que tenho observado é que o mercado nacional está cada vez mais sensível a varios fatores economicos, ficando cada vez menos influente a sazonalidade da produção. O aumento constante na produção nacional e a estagnação do consumo interno nos torna muito dependentes das exportações, e como exportamos "preço" e não qualidade não conseguimos uma relação comercial exterior contínua. Se o dolar sobe, vendemos; se o dólar cai, sobra leite pra todos os lados.

A necessidade de um planejamento setorial é urgente porque somos hoje produtores de excesso. Quanto ao mercado, na última semana as vendas aqueceram consideravelmente no longa vida e em alguns queijos. Acredito que esse movimento tenha sido provocado pelo aumento nas exportações que por consequência enxugou os altos estoques formados desde abril na maioria das indústrias de leite em pó e longa vida.
Temos informações que algumas indústrias de longa vida já estão operando sem nenhum estoque e outras segurando produto apostando em alta.

Acredito que o mercado irá se ajustar momentaneamente e que teremos alta de leite em novembro ou dezembro.

Um abraço a todos,
Sávio Santiago
Ricardo Mickenhagen
RICARDO MICKENHAGEN

ARAÇATUBA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/10/2008

A nossa expectativa na melhora do leite está se esgotando, mas a nossa esperança é que a produção diminua para estabilizarmos o mercado.
Roberto Carlos de Castro
ROBERTO CARLOS DE CASTRO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/10/2008

Bom dia! O Brasil praticamente é o maior produtor de alimentos do continente e será também do mundo, com isso eu não me preocupo com crise nenhuma, é só não desanimar e continuar trabalhando duro e usar a nossa criatividade para superar os obstáculos, controlando os custos e usando a tecnologia a nosso favor. Nosso pais é abençoado com clima e terra fertil; é só trabalhar com honestidade que o resultado aparece.
Qual a sua dúvida hoje?