Menor oferta impulsiona preços do longa vida

A alta dos preços internacionais tem afetado vários segmentos da cadeia de lácteos nacional. Isso ocorre porque com os preços recordes de venda do leite em pó ao mercado externo - segundo agentes de mercado, o valor chegou a US$ 4 mil por tonelada - há um maior direcionamento da oferta de leite para produção de leite em pó destinado à exportação.

No mercado interno, a oferta de leite está bastante restrita na maior parte das regiões produtoras (reduzindo assim a produção de lácteos como leite longa vida e queijos), e os preços mais altos da matéria-prima têm promovido uma alta generalizada.

No caso do leite longa vida, o preço no atacado de São Paulo está variando entre R$ 1,30 e R$ 1,40 por litro, dependendo da marca, conforme informações de agentes de mercado. Dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostram que em janeiro deste ano o valor estava em média a R$ 1,11/litro no mercado atacadista da capital paulista.

Em abril do ano passado, segundo fontes de mercado, o valor médio pago pelo leite UHT no atacado foi de R$ 1,20/l e chegou a R$ 1,17 em dezembro, revelando pouca oscilação de preços. Já em 2005, o preço em abril foi de cerca de R$ 1,40/l, chegando no final do ano a R$ 1,02/l, em virtude do excesso de oferta da matéria-prima ocorrido no segundo semestre daquele ano.

A expectativa de alguns agentes do setor é que haja novo aumento de preços do leite longa vida, e a partir da segunda quinzena de maio os preços se estabilizem, assim como se espera para a matéria-prima.

De acordo com notícia do O Globo, os queijos mussarela também tiveram uma reação de 18% e o leite em pó de 14% nos últimos quatro meses.

Equipe MilkPoint.