Melhora qualidade do leite em programa do PR

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

O encontro técnico que aconteceu em Curitiba (PR) apontou que a qualidade do leite distribuído no Programa Leite das crianças melhorou nos últimos três anos. Com relação ao leite pasteurizado, 87% das análises realizadas no primeiro semestre deste ano apresentaram resultados satisfatórios. Em 2003 esse índice era de 53%.

Para a diretora-técnica do Laboratório Central do Estado (Lacen), Sônia Regina Wotkoski, o programa forçou a melhoria da qualidade do leite produzido no Paraná. "Essa melhoria que vem sendo alcançada é da qualidade de todo o leite produzido no estado. Não apenas do produto distribuído pelo programa, mas de todo o leite comercializado no Paraná", ressaltou em matéria da Agência Estadual de Notícias, lembrando que de 11 laticínios inicialmente, hoje, o programa já conta com 70, que representam 13 mil fornecedores.

"Porém, cerca de 20% a 25% de nossos produtores ainda precisam melhorar nos cuidados com a produção. E eles são justamente o público alvo do programa. Através da capacitação e profissionalização deles, queremos obter índices ainda melhores. Hoje, no Paraná, não se pode mais afirmar que o leite dos pequenos produtores não tem qualidade. Organizados em grupos e associações, eles têm recebido apoio técnico e credifício do Estado e da União", comentou o coordenador estadual do Programa Leite das Crianças, Osmar Buzinhani.

Laboratório

A Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) aproveitou o encontro para apresentar suas novas instalações, onde funciona o Laboratório Centralizado de Análise de Leite, que faz parte da Rede Brasileira da Qualidade do Leite (RBQL). A nova estrutura será inaugurada no dia 28.

Segundo o superintendente-técnico da APCBRH, Altair Antônio Valloto, com a melhoria dos teores de gordura, proteína e sólidos totais encontrados no leite, os produtores já recebem um adicional no preço do produto. "Em algumas regiões do Paraná, como na região do "pool" de leite ABC, formado pelas cooperativas Arapoti, Batavo e Castrolanda, os produtores ganham um adicional, de acordo com os níveis de proteína e gordura no alimento, de até R$ 0,05 a mais por litro de leite comercializado", destacou.

"Aqui, analisamos 65 mil amostras por mês. Através dessas avaliações, o produtor pode saber, por exemplo, se está alimentando bem ou não o seu animal. No caso do leite distribuído pelo Programa Leite das Crianças, analisamos os níveis de proteína, gordura, células somáticas e contagem bacteriana do alimento", comentou.

Valloto ainda disse que, a partir de agosto, o laboratório também fará análises dos níveis de uréia presente no leite. "Assim, o produtor também vai pode saber se está jogando dinheiro fora ou não, ou seja, se está sendo econômico na alimentação de seu rebanho. Isso porque altos índices de uréia no leite indicam excesso de proteína na alimentação. O produtor estaria gastando mais que o necessário para produzir".
Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Qual a sua dúvida hoje?