MAPA recebe denúncias sobre adulteração no RS

No Rio Grande do Sul, desde o começo do mês o Ministério da Agricultura recebeu dez novas denúncias de estabelecimentos com inspeção federal que estariam adicionando soro ao leite cru resfriado para aumentar a quantidade do produto.

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No Rio Grande do Sul, desde o começo do mês o Ministério da Agricultura recebeu dez novas denúncias de estabelecimentos com inspeção federal que estariam adicionando soro ao leite cru resfriado para aumentar a quantidade do produto.

A maioria são postos de refrigeração pertencentes a cooperativas, mas o ministério acredita que a adulteração está ocorrendo no transporte das propriedades aos postos. Em nove meses, 20 suspeitas foram encaminhadas à Superintendência da Agricultura no Estado.

Para o diretor executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Lácteos do Estado, Darlan Palharini, as denúncias poderão afetar a imagem do segmento no país. "A correta identificação da marca e da região em que isso ocorreu contribui para a confiança do consumidor. Agora temos, sim, um problema de fiscalização precária no setor de alimentos no país", comentou.

Segundo reportagem do jornal Zero Hora, além da falta de melhor infra-estrutura para análise, o Rio Grande do Sul carece de pessoal para inspeção. No total, 13 técnicos se revezam para inspecionar periodicamente 103 estabelecimentos fabricantes.
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LEONARDO LEITE MEDEIROS
LEONARDO LEITE MEDEIROS

BRAÇO DO NORTE - SANTA CATARINA

EM 01/11/2007

Isto é uma vergonha, para um pais que estava crescendo na exportação de leite, isto irá imacular a nossa imagem lá fora. Estes montros devem ir mofar na cadeia e para os fiscais que foram participativos nesta barbaridade, devem ser demitidos e se tiverem vergonha na cara, rasgar o diploma.
joão lemke
JOÃO LEMKE

SÃO LOURENÇO DO SUL - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/10/2007

Num primeiro momento, é uma catastrofe o que está acontendo. O lado positivo é que agora terão que abrir a caixa preta das indústrias, separar o joio do trigo, ver o que cada tubulação transporta até a empacotadeira (leite, soro, àgua e ou outros). Entregamos 100 e estão passando para o consumidor 110 (ou mais); alguns estão ficando ricos, mas não somos nós, produtores.
Clayton Roque Coutinho
CLAYTON ROQUE COUTINHO

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 26/10/2007

Acho que o governo deveria fazer sua parte, colocar em vigor a Normativa 51 e agir com rigor sobre as indústrias, que por sua vez vão levar isso até o produtor, de forma a beneficiar aqueles que tiverem dentro das normas.

Enquanto estivermos pagando leite pelo volume isso sempre vai acontecer. Como dizem os próprios produtores, "em tempos de alta de preços de leite tudo que é branco, o laticinio recolhe". O produtor também tem que investigar a empresa que capta seu leite, como ela trabalha, em que mercado ela atua, qual a qualidade de seus produtos, aí sim podemos chegar de vez ao mercado externo com respeito.
José de Barros Vieira
JOSÉ DE BARROS VIEIRA

IBITINGA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/10/2007

Está na hora de as autoridades do MAPA repensarem como deve ser a inspeção de produtos de origem animal, não só no que tange ao leite e derivados, tomando como base a desburocratização da inspeção, evitando a publicação intensa de medidas que atolam os trabalhos dos inspetores e encarecem os custos na empresa, criando um amontoado de relatórios, equipamentos, modelos de monitoração que em nada têm contribuido para a moelhora do produto final. Só dá serviço para os burocratas. A inspeção de consumo, a meu ver, deve ser intensificada e as não-conformidades autuadas com rigor, medida esta que deve se estender a outros segmentos, como a carne de aves.
Qual a sua dúvida hoje?