Lideranças mostram insatisfação com leis ambientais
Mesmo preocupadas com o tema sustentabilidade, lideranças do agronegócio brasileiro não disfarçaram a insatisfação contra o Decreto 6.514, que estabelece punições para infrações contra o meio ambiente.
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Durante a sétima edição do Congresso Brasileiro de Agribusiness, João de Almeida Sampaio Filho, secretário da Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo chegou a afirmar que as regras seriam "incumpríveis".
Segundo a Agência Estado, o secretário disse que o próprio Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não tem condições de dar o suporte necessário para que agricultores regularizem suas áreas. Por causa disso, não há como o governo exigir a regularização, afirmou o secretário.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária da Câmara de Deputados, Valdir Collato (PMDB-SC), afirmou que o decreto vai inviabilizar o agronegócio nacional. "A regra pune toda a cadeia produtiva: quem produz, quem transporta, quem armazena, quem vende, todo mundo", afirmou o deputado.
Diante da perspectiva de engessamento da economia em vários Estados, a Comissão Nacional de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promove, hoje (13/8), reunião com representantes das confederações patronais e entidades representativas de vários setores da agropecuária, com o objetivo de discutir ações conjuntas para reverter os efeitos negativos do decreto. "O decreto é ilegal, extremamente punitivo e vai gerar graves conseqüências. Precisamos encontrar caminhos mais racionais para resolver este problema", explica o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Assuero Doca Veronez.
Segundo a CNA, com 154 artigos, o decreto traz várias exigências ambientais e define sanções em caso de descumprimento, que vão desde a advertência até a apreensão de animais de produção, suspensão da venda de produtos, embargo e demolição de obras e suspensão parcial ou total de atividades em áreas de preservação ambiental. Prevê, também, multas simples e diárias para quem não atender às determinações. Em um dos dispositivos, o decreto obriga a averbação da Reserva Legal (RL), sob pena de multa de R$ 500,00 até R$ 100 mil, além de multa diária por hectare se o registro não for feito em um prazo de 60 a 90 dias.
Para Veronez, no caso do agronegócio, o cumprimento desta norma implicará na redução de pelo menos 20% da área de produção nas regiões Sul e Sudeste, ocasionando aumento nos preços dos alimentos, além de gerar queda do Produto Interno Bruto (PIB) e do nível de emprego de vários Municípios que têm na atividade rural a principal fonte de receita.
Pela primeira vez os ministros da Agricultura e Meio Ambiente discutem juntos temas em comum das duas pastas e buscam um entendimento.Nesta terça-feira (12), os dois ministros discutiram incentivos para a recuperação de áreas degradadas. A intenção do governo é, segundo Stephanes, tornar a recuperação mais vantajosa e, ao mesmo tempo, tornar mais rígida a punição para o desmatamento ilegal.
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BELÉM - PARÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA
EM 10/09/2008
A verdade é que o governo armou uma metralhadora giratória legisferante e começou a atirar contra o produtor rural.
As leis ambientais hoje em nosso País não se destacam pela qualidade e sim pela quantidade, algumas até conflitantes entre sí.
Infelizmente, como sempre ocorre, se começa pelo fim com a finalidade de remediar a doença, com tratamento de choque, sem um exame sério e acurado sobre as causas, utilizando-se remédios ainda não testados.
A solução do governo é bem simplista, na linha do "prendo e arrebento".
Até agora não vi nenhuma pesquisa séria para verificar qual é o problema da produção rural&meio ambiente.
Não consigo vislumbrar atitude criminosa nos produtores rurais, o que vejo é falta de orientação, desconhecimento e falta de apoio.
O que precisa ser feito não é punir e multar e sim uma pesquisa séria e acurada para se conhecer melhor os problemas com o trato da terra, para buscar soluções e se implantar um grande trabalho (talvez até homem a homem) de orientação e esclarecimentos.
Acredito que um programa de premiação seja mais eficaz do que o "prendo e arrebento".
Li em algum lugar, acima, se falar de respeito, concordo - o produtor rural precisa ser mais respeitado. Aí vai um aviso às autoridades, acredito que a melhor forma de granjear respeito é respeitar.
Li também alguém falando em profissionalização, aí a advertência agora é para as pessoas que pensam assim - não existem amadores na produção rural, o que existe é desinformação, desorientação, falta de dinheiro para novas tecnologias, falta de apoio governamental e muito trabalho de sol a sol para no final receber o título de criminoso.
Será que, de sã consciência, algum leitor do BeefPoint acredita que algum produtor rural destruiria a sua terra (patrimônio responsável pelo sustento de sua família) e o meio ambiente intencionalmente ?
CUIABÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 17/08/2008
Se a preocupação fosse realmente voltada à proteção ambiental, as providências a serem tomadas pelo Estado estariam organizadas cronologicamente para:
- Criar imunidade relativa a questões ideológicas, partidárias, pessoais e de protecionismos de mercados concorrentes externos na análise dos problemas ambientais;
- Descentralizar a administração dos Órgãos do Estado responsáveis pelo controle e preservação ambiental;
- Construir um sistema de gerenciamento efetivo e permanente, com menor transitoriedade das pessoas indicadas pela administração direta, facilitando assim a compreensão do conjunto de problemas que envolvem a gestão dos recursos naturais;
- Difundir para as gerências locais a noção de que a gestão ambiental precisa ser pensada globalmente e agida localmente;
- Disponibilizar autonomia financeira e administrativa para que o pessoal responsável pela ordenação das gestões ambientais regionais, possa garantir o funcionamento eficiente das estruturas fiscalizadoras;
- Qualificar profissionais capazes de agirem apoiados em conhecimento técnico/científico e com absoluta isenção.
Analisar as questões ambientais sob foco de cenas de mídia, que mostram imagens de imensos rasgos no seio da floresta amazônica, seguidas do discurso sobre os danos ambientais provocados pela pecuária e agricultura, estabelecendo uma relação direta entre essas imagens e as alterações climáticas que ameaçam o planeta, contraria princípios científicos, denota falta de conhecimentos.
Enquanto o Estado buscar soluções para a manutenção da qualidade de vida das populações e a preservação dos recursos naturais apoiado em cenas de mídia, desvinculado dos aspectos sociais, econômicos e ambientais que envolvem o problema, todas as ações serão inúteis. Carecem de fundamentos consistentes, desconsideram a complexidade, limitam o campo de estudos do problema, o qual ultrapassa as questões locais, inclui a globalização, a industrialização e é regido pelos ditames da economia capitalista que se alimenta do consumo exacerbado de bens.
As restrições para o uso da terra determinadas por decretos do Executivo, sem grandes embasamentos técnicos, tem um cunho ditatorial, absolutista.
O desperdício de centenas de arrobas de carne, dos recursos de fertilidade de solos usados na produção do capim que alimentou bois apreendidos, somados as ações truculentas de policiais contra agricultores, configuram desorganização do Estado, precipitação, ações mal elaboradas e descaso com os recursos naturais.

ITAPIRANGA - SANTA CATARINA - VAREJO
EM 15/08/2008

CUIABÁ - MATO GROSSO
EM 15/08/2008

SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 15/08/2008
No final de julho mais precisamente entre os dias 31 de julho e 2 de agosto, aconteceu na cidade mineira de Uberlândia, sob a organização do Site AgriPoint, o Agripoint Gestão Leite 2008, um evento com tamanha seriedade que teve como tema principal, a produção sustentável de leite e as questões ambientais. Um pouco antes, nos últimos dias de julho, - 25 a 27 - em Edimburgo, na Escócia cerca de 250 profissionais de mais de 40 países, inclusive brasileiros, num evento organizado pela FIL - Federação Internacional de Laticínios em parceria com a DeLaval - gigante na fabricação de equipamentos de ordenha, formação e profissionalização do produtor de leite - também se reuniram com propósitos semelhantes, a produção de leite e as mudanças climáticas. O que tais articulistas pensam de tais eventos?
Talvez uma mera bobagem, uma afronta desarticuladora da burrice que ainda impera no setor rurícula do País. Não cabe a ninguém ridicularizar a maneira de pensar do outrem. Entretanto, que a verdade tem que ser esclarecida, isso tem.
No Brasil, a mais de meio século, profissionais vem alertando sobre questões que envolvem o desmatamento, queimadas, assoreamentos e poluição de rios, desertificação de solos, extinção de espécies animais e vegetais, contaminação dos mananciais e lençóis freáticos etc. Porém, ao longo desse tempo, pouca ou quase nenhuma seriedade foi dada a esses alertas. O desafio contábil e administrativo, sempre se embasou na premícia, de que, ser racional na geração de meios que proporcione a sobrevivência humana, através da produção do emprego que cria renda e riqueza, utilizando recursos que não se escasseiam, por serem de tal forma mal utilizados.
Ações governamentais e de grupos empresariais mais éticos e conscientes, precisam ser tratadas com mais seriedade. Primeiro se planta, cuida da planta para só depois ser beneficiado com os frutos. Caro não é a adequação que a legislação exige. Caro é ter que suportar as consequências de se não ter legislação. No Brasil existe um poetismo, de que os agropecuaristas não tem dinheiro para fazer as adequações. Não se se trata de questão financeira e sim do bom uso do capital intelectual que todos aparentam ter. Os tempos exigem mudanças e adequações que concilia dinheiro e inteligência.
Ou nós brasileiros nos organizamos para seguir a procissão dos tempos atuais ou então podemos começar a pensar seriamente em mudar de planeta, porque na terra existem muitas leis e nós não gostamos nem um pouco delas.

JI-PARANÁ - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 14/08/2008
Será que essas pessoas acham que a comida que sustenta mais de 6 bilhões de pessoas cai do céu?
Que ninguém teve que suar para produzir o que ele está comendo?
O Brasil não é só as praias do Rio de Janeiro ou os escritórios de São Paulo.

PARACATU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 14/08/2008
Eu te vendo minha área e você coloca em prática o que você prega, ensina mas não faz.
Informo que não tenho passivos ambientais está tudo ok e tenho ativos ambientais para vender.

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 14/08/2008

PARANAÍTA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 13/08/2008
Como diz no meio rural o cavalo está passando arriado e não vamos montá-lo.

CERQUILHO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO
EM 13/08/2008

PASSOS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 13/08/2008
Com relação a Reserva Legal , APP e necessário um amplo estudo mostrando que na região Sul/Sudeste as exigências são difíceis de cumprir ou quase impossivel, uma vez que existem áreas que foram desmatadas a mais de 100 anos.
Em algumas regiões de Minas Gerais o Ministério Publico exige a demarcação da RL e também a sua recomposição, o que pode simplesmente tirar o individuo do agronegocio.
Os produtores rurais juntamente com os Sindicatos precisam se mobilizar para exigir regras ambientais mais justas e que o Governo faça a sua parte. Porque só os produtores rurais é que tem que contribuir com parte do seu patrimonio para melhoria do Meio Ambiente, está deve ser uma conta a ser paga por toda a sociedade.

CUIABÁ - MATO GROSSO
EM 13/08/2008
Enquanto a Europa e os EUA, subsidiam seus pares, irmãos da agropecuária para gerar uma renda compatível com dos outros europeus e americanos, nosso governo só faz é bater nos "bandidos" que produzem comida e divisas para o país, além doque a "roça" retem muitos brasileiros fora dos morros, favelas e bandidismo na grandes cidades.

BARRETOS - SÃO PAULO - FRIGORÍFICOS
EM 13/08/2008
As novas regras vão punir toda a cadeia produtiva e não atingirá apenas o desmatamento ilegal. O raciocínio é muito simples: Economia engessada é igual a falta de progresso e de crescimento.
PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO
EM 13/08/2008
Os ministros da Agricultura e Meio Ambiente, deveriam trabalhar ombro a ombro, para que não sejam lançadas leis e sanções sem nexo, ou que quando executadas inviabilizem o agronegócio. Afinal de contas nós também fazemos parte do meio ambiente, e sempre estaremos causando impacto no mesmo, o que deve ser feito é analisar melhor a gravidade deste impacto, e a viabilidade do mesmo.

PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 13/08/2008

SÃO LOURENÇO - TOCANTINS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 13/08/2008

PONTES E LACERDA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 13/08/2008