Para o leitor Robson Pereira, não haverá leite suficiente para atender a demanda, "já que temos a Parmalat, em Carazinho a 70 km e a Avipal Elegê em Santa Rosa a 90 km". Ele comenta ainda que a Embaré deve se instalar em Sarandi, na mesma região. Pergunta: "qual firma irá ceder produtores para a outra já que nenhuma destas trabalha com cooperativas Ou estas firmas acima citadas irão estimular a produção com reação de preços"?, completa. Clique aqui para ler a carta na íntegra.
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MilkPoint
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JOSÉ CARLOS MOHR
IJUÍ - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 22/04/2006
Acho bastante interessante a euforia que toma conta do Rio Grande do Sul, este estado maravilhoso, que tem todas as condições de dobrar a produção de leite, devido as condições climáticas e principalmente pelo tamanho das propriedades e também pela cultura do povo gaúcho, que descende em sua maioria de origem européia.
Hoje temos empresas laticinistas de grande porte já instaladas no estado, algumas há muitas décadas outras mais recentes, mas todas estão no mesmo nicho de mercado. Sabemos muito bem que o setor leiteiro, assim como outros setores do agronegócio está atravessando por um momento delicado, devido ao aumento de produção, estagnação nas vendas e para piorar ainda mais, a queda acentuada do dólar, paralizando quase que a totalidade das exportações.
Todos os noticiários relatam que haverá uma grande mudança, para melhor, no setor leiteiro do RS com a vinda da Nestlé e também de outras já anunciadas. Porém, existe alguns pontos ainda não esclarecidos:
- O que sabemos sobre o sistema de compra de leite da Nestlé?
- Quais os padrões mínimos de qualidade exigidos?
- Nosso produtor estará dentro destes padrões?
- Sabemos que nas regiões de atuação da Nestlé a litragem mínima para compra é de 500 litros/dia e também que apenas 40% do leite é comprado de produtores, e 60% é comprado como leite "spot"?
- A nossa realidade condiz com a da Nestlé?
- Por outro lado, poderá haver uma mudança no sistema de compras da Nestlé?
- Se o grande problema do produtor é o baixo preço recebido pelo leite, será que a Nestlé tem a fórmula mágica para vender melhor o seu produto, já que os preços estão estrangulados por problemas de mercado?
Lembramos ainda que estamos em ano político e que as promessas são muitas, basta saber se todas irão se concretizar.
Quanto ao comentário feito pelo senhor Robson Pereira quanto a quantidade de leite que as empresas possuem atualmente, gostaria de corrigir alguns números. A Parmalat compra atualmente não mais que 600 mil litros/dia, distante dos 2,5 milhões citados. A Elegê sim, compra 2,5 milhões de litros/dia e a Bom Gosto, não citada, compra 600 mil litros/dia. O restante das empresas compram algo em torno de 1,8 milhão litros/dia.
Hoje temos empresas laticinistas de grande porte já instaladas no estado, algumas há muitas décadas outras mais recentes, mas todas estão no mesmo nicho de mercado. Sabemos muito bem que o setor leiteiro, assim como outros setores do agronegócio está atravessando por um momento delicado, devido ao aumento de produção, estagnação nas vendas e para piorar ainda mais, a queda acentuada do dólar, paralizando quase que a totalidade das exportações.
Todos os noticiários relatam que haverá uma grande mudança, para melhor, no setor leiteiro do RS com a vinda da Nestlé e também de outras já anunciadas. Porém, existe alguns pontos ainda não esclarecidos:
- O que sabemos sobre o sistema de compra de leite da Nestlé?
- Quais os padrões mínimos de qualidade exigidos?
- Nosso produtor estará dentro destes padrões?
- Sabemos que nas regiões de atuação da Nestlé a litragem mínima para compra é de 500 litros/dia e também que apenas 40% do leite é comprado de produtores, e 60% é comprado como leite "spot"?
- A nossa realidade condiz com a da Nestlé?
- Por outro lado, poderá haver uma mudança no sistema de compras da Nestlé?
- Se o grande problema do produtor é o baixo preço recebido pelo leite, será que a Nestlé tem a fórmula mágica para vender melhor o seu produto, já que os preços estão estrangulados por problemas de mercado?
Lembramos ainda que estamos em ano político e que as promessas são muitas, basta saber se todas irão se concretizar.
Quanto ao comentário feito pelo senhor Robson Pereira quanto a quantidade de leite que as empresas possuem atualmente, gostaria de corrigir alguns números. A Parmalat compra atualmente não mais que 600 mil litros/dia, distante dos 2,5 milhões citados. A Elegê sim, compra 2,5 milhões de litros/dia e a Bom Gosto, não citada, compra 600 mil litros/dia. O restante das empresas compram algo em torno de 1,8 milhão litros/dia.