"Leite Modificado" terá consulta pública
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 1 minuto de leitura
"O objetivo é criar um regulamento para que estes produtos possam ser efetivamente comercializados sem que nenhuma empresa burle a lei. Por exemplo, havia empresas que produziam leite em pó modificado com um percentual baixíssimo de leite, não se enquadrando assim nos regulamentos do DIPOA", comenta Marcelo Costa Martins, assessor técnico da CNA.
"Estes regulamentos possibilitarão que os produtos tenham padrões mínimos de qualidade e identidade, que de certa forma é muito interessante, pois até hoje não temos um padrão mínimo de qualidade do soro produzido no Brasil", conclui Martins.
A Leite São Paulo não concorda que se associe o nome de "leite" em qualquer produto que não seja constituído de leite in natura. "Entendemos que isso e absolutamente necessário para não confundir o consumidor e para não possibilitar a manipulação do mercado de leite in natura, resume Marcello de Moura Campos Filho, presidente da Leite São Paulo.
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS
EM 27/03/2006
MISSAO TANIZAKI
Fiscal Federal Agropecuário
Bacharel em Química

BELÉM - PARÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 25/03/2006
O termo leite modificado também e uma artimanha destes aventureiros, que transformaram a bebida láctea (um produto que com boas associações pode e deve ser um produto de boa qualidade) em um produto de qualidade duvidosa.

VALINHOS - SÃO PAULO
EM 24/03/2006
Me dou ao direito de comentar esse assunto, embora não tenha me manifestado quando da primeira abordagem feita acerca do mesmo nesse consagrado e respeitado meio de comunicação.
Sou empresário e atuo no mercado de derivados lácteos em pó. Minha empresa participa desse seguimento há seis anos e tem feito significativos investimentos nas áreas industriais e de tecnologia. Tem grande responsabilidade técnica pelo o que fabrica, além da responsabilidade social em decorrência de suas atividades.
Processamos mais de 600.000 mil litros de soro de leite por dia, além de uma capacidade instalada para fracionamento de produtos em pó (seja leite em pó, leite em pó modificado, farinha láctea e outros mais) superior a 900 toneladas mensais.
Somos fiscalizados pelo M.A. através do SIF e pelo M.S. através da ANVISA. Somos habilitados para exportação de nossos produtos. Ou seja, todo o negócio é conduzido com muita seriedade e responsabilidade.
Que haja uma regulamentação em torno de padrões de identidade e qualidade para as categorias de produtos que foram criados num passado remoto, como no caso do próprio leite em pó modificado através do RIISPOA de 1952, isso é muito prudente e respeitável, pois faz-se necessário haver uma modernização tecnológica, do processo produtivo, contemplando as novas possibilidades de ingredientes e variações de formulação para que se leve ao consumidor produtos honestos, logisticamente acessíveis e a preços condígnos.
Espera-se que nessa próxima rodada de discussão, marcada para a semana que segue, todos os interessados - Entidades Públicas e Privadas - estejam abertos a ouvir e discutir de forma imparcial, pois o mercado é soberano e é de direito de todos.
Aviltar o consumidor através de atos ilícitos deve ser punido no dia-a-dia e de forma séria e eficaz. O que não dá para aceitar é que, entidades que se dizem protetoras, escudeiras do consumidor, imponham seus comentários e pensamentos de forma inapropriadamente soberana e de sorte a colocar um produto - aqui nesse caso o LPM (leite em pó modificado) - como um grande vilão do mercado. Esse tipo de pensamento é de direito democrático, mas de infundado conteúdo técnico ou mesmo mercadológico.
Os consumidores são de certa forma pouco esclarecidos sobre certos produtos no mercado, mas não são de maneira generalizada nem burros e nem estúpidos, como alguns querem que eles sejam. Leite resfriado é leite resfriado, leite UHT é leite UHT, leite em pó é leite em pó, leite modificado é leite modificado, e ponto.
E isso tudo está devidamente registrado e explícito nas embalagens dos produtos em respeito aos regulamentos do DIPOA e da ANVISA. O mundo todo conhece e usa o Leite Modificado. Vamos querer ficar para atrás na história, isso porque algumas entidades e empresas se sentem atingidas pelas ofertas de variações de outros produtos no mercado?
Que fique claro que Leite Modificado não é aviltamento do leite <i>in natura</i>. É uma variação de oferta no mercado, em termos de qualidade e preço. É um produto honesto elaborado por empresas honestas. As que não o são (independente do produto que fabricam) devem ser eliminadas do mercado. Somos uma empresa pequena e que labuta no dia-a-dia para sobreviver.
Fico imaginando como uma empresa como a Nestlé (e não estou falando em nome dela. Mas quer uma empresa mais séria do que essa?), quando se depara com uma discussão ou situação como essa, onde a idoneidade (em seus amplos aspectos) de uma linha de seus renomados produtos está sendo colocada em cheque por apresentar uma denominação que, segundo alguns, pode enganar o consumidor.
O problema todo nesse nosso mercado é que se criam falácias para gerar falsas idéias e situações. Pois bem, na próxima semana em Brasília estarei representando minha empresa, meu negócio, meus direitos, meus conceitos e valores. Senhores, isso posto, nos veremos lá.
Atenciosamente,
Roberto Stefanini,
Engenheiro de Alimentos - ALIBRA Ingredientes Ltda.