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Leite: melhorar para exportar

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/06/2014

2 MIN DE LEITURA

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O diretor da FAEMG e presidente das comissões de pecuária leiteira da entidade e da CNA, Rodrigo Alvim, destaca que um dos principais desafios da pecuária de leite nacional para conquistar o mercado externo é garantir um alto padrão sanitário dos animais, principalmente no que se refere ao controle da brucelose e da tuberculose.

Qual a sua avaliação da pecuária leiteira nacional?

Nós temos vocação para produzir leite. Temos um grande rebanho e animais produtivos. O país tem milhares de produtores que sabem produzir. Temos também entidades como a CNA e a FAEMG empenhadas em melhorar a competitividade do setor, criando e oferecendo ferramentas de gestão e assistência técnica com foco inclusive na qualidade. As iniciativas vão desde a formação de técnicos para assistir aos produtores até a capacitação do próprio pecuarista.

Ainda não conseguimos exportar. O que falta?

Investir na sanidade do rebanho. Estamos melhorando a qualidade no que se refere à contagem de células somáticas e de bactérias e aos níveis de gordura e de proteína. Controlamos bem doenças como a febre aftosa. Mas ainda patinamos no controle da brucelose e da tuberculose. Entrar no mercado internacional não é fácil e com a prevalência dessas doenças será impossível. A Rússia, que é o segundo maior importador global de leite, já declarou textualmente que não importa do Brasil porque não temos o domínio dessas duas zoonoses. Então não adianta produzirmos leite mais barato e com qualidade se não tivermos um perfeito controle sanitário dos rebanhos.

Mas temos um Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose – o PNCEBT...

Temos, mas ainda não alcançou o formato ideal. Prova disso é que ele existe há mais de 10 anos e, em Minas, apenas 17 fazendas são certificadas como livres dessas zoonoses e outras 49 estão em processo de certificação. Para começar, o programa é de adesão voluntária. Mas o principal entrave é não dividir o ônus da erradicação e controle com a indústria e o governo. Quando se constata que um animal está infectado com uma dessas doenças, ele deve ser sacrificado e o prejuízo é do produtor. A indenização prevista em lei pelo abate equivale a um quarto do valor do animal. Isso desestimula o controle.

O que pode ser feito para modificar essa situação?

Precisamos de um programa que desenvolva a pecuária nacional. Uma política de ganha-ganha. As experiências bem-sucedidas no controle da brucelose e da tuberculose são as que oferecem indenizações mais justas pelo abate dos animais contaminados. Um bom exemplo é o programa Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, onde o governo, indústrias e produtores constituíram um fundo público-privado. O produtor entra com um percentual mínimo da venda do leite, mas quando necessita abater um animal por ser soropositivo é indenizado. Naturalmente, na maioria das vezes, não é indenizado pelo valor real do animal, mas por um valor médio estipulado. Isso tem incentivado a adesão. Então, é possível fazer acontecer, mas tem de haver uma situação em que o produtor não pague sozinho, a conta.

A matéria foi publicada na edição 4 da revista FAEMG|SENAR. 

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SÉRGIO ALVES CÂNDIDO

LAVRAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/06/2014

O principal é que os laticínios paguem por qualidade. Aqui na região tem duas empresas sérias que pagam e um monte que não paga e recebe qualquer coisa.

O ministério devia cobrar das empresas uma políticas de remuneração por qualidade e colocar os fiscais no campo. Meus últimos resultados (CBT 12, CCS 225, Gordura 4,1 e proteína 3,54) me habilitam a qualquer mercado, vacino para brucelose, aftosa, Tenho um vizinho que ainda vende no latão, quente e cheio de contaminação. Como pode exportar essa mistura???
ESTÊVÃO DOMINGOS DE OLIVEIRA

QUIRINÓPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/06/2014

Brucelose e Tuberculose...Tem um bocado de gente que vive de vender atestado falso de exame e um outro bocado de agentes fiscalizadores que fecham os olhos para esse tipo de mutreta. Sem falar na imensidade de produtores que saem em busca de gente para ''vender'' o atestado de exame para ser possível financiar compra de gado no banco.



Desse jeito fica difícil controlar essas doenças.



Mas um dia as coisas vão funcionar!...
SIDNEY LACERDA MARCELINO DO CARMO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/06/2014

Não é hora de buscarmos os títulos de área livre de aftosa (Minas Gerais) e passarmos para os problemas sanitários relatados? Pelo que tenho visto não vimos caso de aftosa no Estada a décadas.



grato
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/06/2014

Precisamos ter uma política voltada para o setor e que funcione, os próprios laticinios , que  são recebedores do leite, deveriam com ajuda de veterinários  da Emater ou estudantes  ,  com ajuda do governo , seja municipal , ou Estadual , ficarem imcubidos de realizar esta tarefa, e cobrar , ou descontar ,  dos produtores ,  desde que não fique caro,  taí , uma forma prática de  ajudar melhorar esse  problema.

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