Leite C terá nova legislação e novo nome

De acordo com a Instrução Normativa 51 (IN 51), o leite tipo C será substituído pelo leite com denominação ''leite pasteurizado''. O objetivo da instrução é fazer com que os produtores de leite se adequem às novas normas de qualidade de obtenção, produção e beneficiamento do produto, uma vez que o leite C tem menores exigências de produção.

Segundo dados do Conseleite, de toda a comercialização dos laticínios no mês passado, 51,4% são do leite longa vida, enquanto 17,2% são do pasteurizado. O restante, 31,4%, é referente à produção de leite em pó e derivados como queijos, iogurtes, manteiga, leite condensado e creme de leite. O preço médio do leite C para o consumidor é de R$ 1,00 nos supermercados.

É importante lembrar que o controle da sanidade do rebanho dos leites A e B sempre foi realizado e atestado por médicos veterinários, via acompanhamento direto e presente, e pelo envio de documentação para órgãos de fiscalização. ''Por isso, os leites A e B e seus produtos derivados são uma garantia de qualidade, uma vez que estão diretamente relacionados com a qualidade higiênica da ordenha, manejo, produção e armazenagem na origem'', afirma a médica veterinária da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento/Produtos de Origem Animal, Solange Matsubara.

Segundo a técnica laticinista e engenheira de alimentos, Karla Gollner Reis, a manutenção desses processos, através de um rápido beneficiamento com a pasteurização na própria origem, agrega maior valor ao produto, uma vez que durante a armazenagem prolongada ou o transporte em longas distâncias podem ocorrer mudanças na qualidade que geram alterações no produto acabado. ''Quando existe uma maior quantidade de microrganismos em um alimento, sua qualidade nutricional também é comprometida porque o desenvolvimento bacteriano exige o consumo de nutrientes como a lactose e proteínas e, por isso, há diferenças nutricionais'', explica.

Fonte: Folha de Londrina/PR (por Fernanda Mazzini), adaptado por Equipe MilkPoint