Para vender bens da antiga indústria da Leite Nilza, em Ribeirão Preto, a Justiça alterou o formato do leilão. Os interessados em arrematar devem apresentar uma proposta em envelope fechado que deve ser aberto em março de 2019. A planta de Ribeirão Preto tem mais de 250 mil metros quadrados.
A decisão é do juiz Heber Mendes Batista, da 4ª Vara Cível de Ribeirão e foi publicada na última segunda-feira, 12. Além do terreno na cidade, também entra em leilão a unidade produtiva de Itamonte, no interior de Minas Gerais.
O mobiliário e maquinário integrantes dessas duas unidades comporão os lotes que devem ser vendidos, no esquema de “venda com porteira fechada”, a não ser que os bens já tenham sido alienados em leilões anteriores. A unidade de Ribeirão Preto está avaliada em R$ 36 milhões. No leilão realizado em abril de 2017, que não apresentou interessado, o lance mínimo era de R$ 27,5 milhões.
Os compradores deverão ofereceras propostas em envelope lacrado, mediante a apresentação em cartório, até o dia 15 de fevereiro de 2019. A abertura das propostas está definida para o dia 15 de março de 2019, às 14h, no Salão do Júri do Fórum de Ribeirão Preto.
O advogado Alexandre Borges Leite, que é o administrador dos bens da massa falida da Nilza, crê no sucesso da operação. “Nos demais leilões que fizemos com leiloeiro, não tivemos tanto sucesso. Até porque, quando nós fizemos o leilão, já estava naquela crise pesada. Não dava muito para esperar. Agora, com o mercado melhorando, nós temos uma expectativa positiva e acredito que teremos uma solução para essas áreas, que são os ativos consideráveis da Nilza”, explica.
A confiança está baseada no fato de a venda da marca Nilza para a Italac, em 2015, por R$ 7 milhões, ter sido em certame com formato parecido. “Nós já tivemos um leilão desse formato e tivemos sucesso. Foi daí que vendemos a marca e foi aí que vendemos a unidade Campo Belo”, comenta o advogado.
As informações são da revista Revide.