Laticínios mineiros apostam nos queijos especiais

O crescimento do mercado de queijos especiais está levando os laticínios, que ficam principalmente no Sul de Minas e na Zona da Mata, a investir alto no aumento da capacidade de produção. O gerente industrial do Laticínios Vale do Carangola (Laticínios Marília), Renato Dias de Souza, calculou que as variedades especiais já representam entre 10% e 15% do mercado nacional de queijos.

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O crescimento do mercado de queijos especiais está levando os laticínios, que ficam principalmente no Sul de Minas e na Zona da Mata, a investir alto no aumento da capacidade de produção. O gerente industrial do Laticínios Vale do Carangola (Laticínios Marília), Renato Dias de Souza, calculou que as variedades especiais já representam entre 10% e 15% do mercado nacional de queijos. "Nos últimos 15 anos, esse mercado cresceu pelo menos 100%. Antes, não representava praticamente nada", comparou, informando que o laticínio produz 300 toneladas de queijo por mês.

Com uma nova fábrica a ser construída no médio prazo em Carangola (MG), a partir de investimentos entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, a expectativa é de um acréscimo de 80% na produção.

Souza explica que o preço do leite também subiu muito e, com isso, compensa mais apostar em produtos de maior valor agregado. E observa que o queijo nacional tipo europeu custa entre 20% e 50% menos que o similar importado. "E o valor menor não representa qualidade inferior. Só muda a origem e algumas características, por causa do nosso clima e do leite diferentes", garante.

No caso do Laticínios São Vicente, de São Vicente de Minas, a empresa, que tem 80% de seus negócios voltados para a linha especial, já oferece 12 tipos de queijos finos, e deve lançar o port salut, de massa amarela e origem francesa. "Estamos esperando apenas a aprovação do Ministério da Agricultura", informou o diretor do laticínio, Paulo Gribel, dizendo que a empresa deve aumentar a capacidade produtiva em até 70% em 2009.

Já na Laticínios Xodó, de Perdões (MG), o crescimento das variedades finas, que representam 30% da produção total, chega a 15% ao ano. Para o diretor-comercial da empresa, Tito Lívio Narciso Alvarenga, vale a pena investir nas versões especiais, que representam maior valor agregado. Tanto que a empresa deve aumentar sua capacidade produtiva em 50% até o fim do ano.

Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq), Cícero de Alencar Hegg, o mercado de queijos especiais cresce perto de 10% ao ano. Mas algumas empresas mineiras conseguem ir muito além desse percentual, e têm acréscimos de produção que chegam a 20% ao ano. A produção total de queijos no país é estimada em perto das 700 mil toneladas, e a expectativa é de que a participação dos especiais continue ocupando fatia cada vez maior deste mercado.

As informações são de Graziela Reis, do Estado de Minas.
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