Laticínios: bons resultados estimulam investimentos

O ano foi bom para os laticínios. Os resultados foram os melhores em faturamento e nível de endividamento entre as agroindústrias. O que aumentou a margem de lucro dos laticínios foram preços pagos ao produtor, que estão 7,5% menores em relação à média de 2005, enquanto as cotações dos laticínios no varejo recuaram, no máximo, 1,5%.

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O ano foi bom para os laticínios. Os resultados foram os melhores em faturamento e nível de endividamento entre as agroindústrias. O que aumentou a margem de lucro dos laticínios foram preços pagos ao produtor, que estão 7,5% menores em relação à média de 2005, enquanto as cotações dos laticínios no varejo recuaram, no máximo, 1,5%.

Levantamento da Serasa apontou que as indústrias de laticínios elevaram a receita em 10,9% no primeiro semestre em relação a 2005 e obtiveram rentabilidade sobre faturamento de 1,5%, informou notícia do jornal Valor Econômico.

O resultado favorável estimulou investimentos, principalmente no Rio Grande do Sul, que elevou a captação em 14% neste ano, ante os 2,4 bilhões de litros captados o ano passado.

Segundo Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), além dos investimentos já anunciados por empresas como Nestlé, Embaré e Danone, destaca-se a corrida das cooperativas. Neste ano, a Coorlac, de Erechim (RS), anunciou aporte de R$ 30 milhões em uma fábrica na região. A CCGL, da Avipal, também investe R$ 90 milhões em uma fábrica em Cruz Alta (RS). "As cooperativas respondem por 40% do setor, mas devem a alcançar 50% no curto prazo", calcula.

Ele cita ainda aportes recentes da Centroleite (que reúne 13 cooperativas em Goiás), da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR), dona da marca Itambé, e da Coopercentral Aurora.

Já Daniel de Figueiredo Felippe, diretor das áreas comercial e marketing da Indústria de Alimentos Nilza, preocupa-se com 2007. "Tivemos aumento nos custos com energia, mão-de-obra, medicamentos. Se os preços dos grãos subirem muito, o setor pode ter problemas, porque o varejo não está receptivo a aumentos de preço". Felippe afirma que o câmbio não estimula as exportações, o que reduz alternativas de vendas.
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José Ferreira Soares Neto
JOSÉ FERREIRA SOARES NETO

MACAÉ - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/11/2006

Concordo plenamente com o senhor Roberto Antônio, não consigo entender como os produtores de leite continuam a vender seu produto sem saber o quanto vão receber e com até 50 dias de prazo em plena época de economia globalizada e muita informação via internet.
Roberto Antonio Pinto de Melo Carvalho
ROBERTO ANTONIO PINTO DE MELO CARVALHO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/11/2006

Como produtor de leite, me dá uma tristeza quando vejo que nossa incompetência comercial proporciona ganhos adicionais aos laticínios. Estes, praticamente mantêm seu preço, aumentam suas vendas em 10% e nós, o eterno elo fraco da cadeia, amargamos redução do preço recebido, e agora aumento dos custos do milho e das rações.

Ô turminha teimosa essa de produtores de leite!
Qual a sua dúvida hoje?