Os executivos que compõem a Companhia de Alimentos Glória, Integralat e da Parmalat Brasil S/A Indústria de Alimentos estão com carta branca para negociar os ativos das referentes empresas. No caso da Parmalat - ainda em recuperação judicial -, antes da comercialização é necessário que o preço e os ativos propriamente ditos sejam submetidos e liberados pela justiça para só então serem negociados. A Parmalat ainda não obteve esse aval, mas de acordo com empresários do setor a empresa já está à procura de compradores para pelo menos quatro de suas oito unidades - uma delas, em Rondônia, já fechada.
A planta de Votuporanga (SP), adquirida por R$ 46 milhões, estaria sendo negociada com o antigo dono por R$ 20 milhões. A capacidade produtiva é de 200 mil litros por dia e atualmente opera com 50% desse potencial ocioso. A unidade de Santa Helena de Goiás (GO), que suporta processar até um milhão de litros de leite em um único dia, teria sido oferecida a alguns empresários por R$ 35 milhões. "E ela vale pelo menos R$ 100 milhões". As unidades de Garanhuns (PE) e de Itaperuna (RJ) também estariam à disposição do mercado, e só a pernambucana seria atraente aos investidores, um deles a Embaré, que estaria negociando a aquisição dessa unidade que chega a beneficiar 500 mil litros de leite por dia.
A partir de outubro de 2007, cerca de dois anos após a aquisição da Parmalat, a Laep realizou a emissão de BDR's (Brazilian Depositary Receipts), uma espécie de recibo das ações negociadas na Bovespa, e captou pouco mais de R$ 500 milhões. O dinheiro foi usado para as inúmeras aquisições feitas não só pela Parmalat, mas também pela Integralat - empresa que apostava na parceria com produtores rurais, mas que também já começa a dar sinais de convalescência.
O projeto que, entre outras ações, previa a aquisição de vacas de pequenos produtores para melhoramento e posterior venda, agora só segue à risca a segunda parte do projeto. Cerca de 500 animais teriam sido vendidos este mês e nenhum adquirido. A Integralat possui fazendas no Uruguai, Cruzilha (MG), Unaí (MG), Alegrete (RS), Bonito de Minas (MG) que, por enquanto, "continuam intactas" afirma um executivo do grupo.
Para o consultor Marcelo Pereira de Carvalho, do MilkPoint, essa é uma tentativa de "se concentrar na atividade primária racionalizando custos. Se vai dar certo, ou não, ainda não se sabe, mas o fato é que eles estão voltando atrás", analisa.
A matéria é de Gilmara Botelho, publicada na Gazeta Mercantil, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
Laep dá início à liquidação de ativos
Os executivos que compõem a Companhia de Alimentos Glória, Integralat e da Parmalat Brasil S/A Indústria de Alimentos estão com carta branca para negociar os ativos das referentes empresas.
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FRANCISCO CARLOS DE A. CORREIA
BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)
EM 27/11/2008
Não entendi esta matemática, racionalisar para mim é economizar e trabalhar mais, assim provocar equilíbrio. Comprar por 46 e vender por 20, ofertar por 35 o que vale 100? Como funciona ter lucro assim? Qual a "mágica"?