A Laep, controladora da Parmalat Brasil, reduziu seu endividamento e entregou ao mercado corte mensal de despesas acima do que havia se comprometido. Mas o aperto de cintos não foi suficiente para gerar lucro à empresa, que continua sobrevivendo em um ambiente no segmento de leite que classifica como de "preços predatórios". O prejuízo no terceiro trimestre foi de R$ 93 milhões.
O diretor financeiro e de relações com investidores da Laep, André Mastrobuono, afirmou em teleconferência com investidores que as margens no setor devem continuar pressionadas e não vê disposição dos agentes de levar os preços a patamares mais saudáveis. Ele reforçou que a empresa não acompanhará esses preços e focará produtos e regiões em que consiga maior valor agregado.
No trimestre passado, a Laep abandonou o caminho da consolidação e reduziu sua presença em segmentos cujos produtos "têm preços influenciados por interpretações flexíveis dos padrões de qualidade e concorrência desleal, para se concentrar nos produtos e mercados a salvos destas práticas". A empresa, diante das margens negativas no segmento UHT de marcas regionais, reduziu seu volume de produção e vendas, o que favoreceu redução expressiva de seus custos. Ao final do segundo trimestre, a Laep havia se comprometido com uma redução de despesas mensal de R$ 3,16 milhões, mas alcançou R$ 4,82 milhões, que vieram de corte de pessoal, despesas administrativas e fechamento de unidades.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações também mostrou evolução - foi negativo em julho (R$ 8,5 milhões) e agosto (R$ 9,8 milhões), mas passou a positivo em R$ 100 mil em setembro. O endividamento líquido caiu 26% para R$ 286 milhões do segundo para o terceiro trimestre. A estratégia para a Integralat também foi revista. Por conta da restrição de crédito, a companhia se concentrará agora na comercialização de vacas e embriões de alta genética e na venda de leite em pó.
A matéria é de Ana Paula Ragazzi, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe MilkPoint.
Laep corta despesas, mas tem prejuízo no 3º trim.
A Laep, controladora da Parmalat Brasil, reduziu seu endividamento e entregou ao mercado corte mensal de despesas acima do que havia se comprometido. Mas o aperto de cintos não foi suficiente para gerar lucro à empresa, que continua sobrevivendo em um ambiente no segmento de leite que classifica como de "preços predatórios". O prejuízo no terceiro trimestre foi de R$ 93 milhões.
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