No domingo passado, o programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou uma reportagem em que mostrava o Inmetro testando a qualidade do queijo Minas. Das 21 marcas testadas, 7 foram reprovadas, número bem melhor ao obtido em 1997 quando todas as marcas foram reprovadas.
Três bactérias foram encontradas nos queijos analisados. Amostras de cinco marcas apresentaram contaminação por coliformes, amostras de duas marcas estavam contaminadas com estafilococos e na amostra da marca "Beirão" foi encontrada a bactéria listéria, a mais perigosa das três, segundo a reportagem.
Silmara Figueiredo, representante da Associação Brasileira da Indústria do Queijo, diz que a maior discordância da ABIQ em relação ao teste do Inmetro é sobre a representatividade da amostra e dos critérios usados para fazer as análises. Salienta que não foram adotados os procedimentos de amostragem e representatividade de cada amostra como estabelecido na legislação e acrescenta que as marcas não tiveram direito a contra-prova.
O presidente da ABIQ, Fábio Scarcelli, considera que deveria ter sido mencionado que os resultados se referem somente à amostra analisada, e portanto não podem ser projetados para o lote ou para a marca como um todo, conforme consta do relatório do laboratório. Ele ressalta que não concorda com a conclusão de que há tendência generalizada para a não conformidade.
Também, critica o fato da reportagem mencionar como problema dos produtos analisados a temperatura no ponto de venda. "Julgamos que o correto seria separar a conclusão dos aspectos analisados, ou seja, as análises microbiológicas e a temperatura nos pontos de venda".
"Quanto à temperatura nos pontos de venda, há uma tendência à não-observância dos parâmetros indicados, sendo este um aspecto que causa preocupação para a própria indústria queijeira que os faz constar nas embalagens e sempre reforça junto aos pontos de venda a necessidade da manutenção dos queijos nas temperaturas recomendadas nos rótulos dos produtos", conclui Scarcelli.
"Embora a maioria das marcas analisadas seja de empresas não associadas a ABIQ, a entidade fez os melhores esforços junto ao Inmetro para conseguir esclarecer as dúvidas do órgão e a associação considera-se satisfeita com a efetiva melhoria na qualidade dos produtos Minas Frescal e Minas Padrão, em relação aos resultados observados na pesquisa anterior", conclui Silmara. Joice Rodrigues, Equipe MilkPoint
Inmetro: Queijo Minas melhora qualidade
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VERA NEUSA JOCK PIVA
OUTRO - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 04/05/2006
O Ministério da Agricultura através do Serviço de Inspeção Federal (SIF) tem como atribuição a fiscalização dos produtos de origem animal (leite e produtos lácteos, carnes e derivados, aves e derivados, pescados, mel, ovos, entre outros) nas indústrias, entrepostos, frigoríficos, abatedouros, etc.
Não vamos nos ater aqui nas fiscalizações estaduais e municipais. A Vigilância Sanitária, órgão do Ministério da Saúde, tem como atribuição a fiscalização dos pontos de venda desses produtos, isto é, o varejo.
Pergunto, o que faz o Inmetro nesta história? Interferindo em atribuições de outros órgãos fiscalizadores, sem informar qual foi a amostragem e se foi significativa estatísticamente. Em que condições foram feitas as coletas de amostras? Quais os métodos de análises utilizados? São reconhecidos? As empresas tiveram direito à contra prova?
Sem dupla fiscalização, por favor!
Não vamos nos ater aqui nas fiscalizações estaduais e municipais. A Vigilância Sanitária, órgão do Ministério da Saúde, tem como atribuição a fiscalização dos pontos de venda desses produtos, isto é, o varejo.
Pergunto, o que faz o Inmetro nesta história? Interferindo em atribuições de outros órgãos fiscalizadores, sem informar qual foi a amostragem e se foi significativa estatísticamente. Em que condições foram feitas as coletas de amostras? Quais os métodos de análises utilizados? São reconhecidos? As empresas tiveram direito à contra prova?
Sem dupla fiscalização, por favor!