Indústria tem melhor resultado para outubro em sete anos

Neste ano de 2019, analisando os meses de setembro e outubro, as indústrias brasileiras mostraram crescimento significativo de 0,8% em três das quatro grandes categorias econômicas em mais da metade dos ramos pesquisados.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em 4 de dezembro os dados da Pesquisa Industrial Mensal, mostrando que a Indústria vem reagindo favoravelmente, acumulando nos últimos três meses (setembro, outubro e novembro) 2,4% de crescimento.

Apesar deste crescimento na produção industrial ser positivo, quando comparado com outubro de 2018, nota-se que houve um avanço de apenas 1%. Trocando em miúdos, cabe ressaltar que o setor industrial cresce a passos lentos, totalizando queda de 1,3% nos últimos 12 meses de 2019.

As categorias econômicas que superaram as expectativas em outubro são as de bens de consumo duráveis e bens de consumo semi e não-duráveis, que tiveram, em média, um crescimento de 1,2%. O que parece pouco, se analisado de maneira superficial, na verdade, aponta para a categoria uma superação e, pelo segundo mês seguido, apresenta crescimento médio acumulado de 2,9%.

Quanto ao segmento de bens intermediários, pode-se dizer que em outubro apresentou um desempenho razoável, assim como ocorreu em setembro (entre 0,2% e 0,3% de crescimento), bem diferente do comportamento dinâmico apresentado no mês de agosto (1,6%).

Os setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, de celulose, papel e produtos de papel, de impressão e reprodução de gravações, de máquinas e equipamentos, produtos químicos, de produtos de minerais não-metálicos e de bebidas apresentaram um crescimento significativo, variando de 1,1% a 15,3%.

De acordo com a pesquisa realizada, os produtos alimentícios apresentaram a segunda maior alta (3,4%), ficando atrás de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,2%). No mês de outubro, produtos alimentícios reverteram a queda verificada no mês anterior (-0,3%), bem como farmoquímicos e farmacêuticos, que também eliminaram a redução de 9,1% acumulados nos meses de agosto e setembro.

A pesquisa ainda mostra que alguns ramos da Indústria, como o de produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, metalurgia e indústrias extrativas, assim como no ramo de artigos de vestuário e acessórios, apresentaram recuo no crescimento, variando entre -0,6% a -5,6%.

As informações são do Terra, adaptadas pela Equipe MilkPoint.