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Indústria de lácteos da Indonésia busca emergir das sombras dos maiores produtores

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/06/2014

5 MIN DE LEITURA

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As exportações mais conhecidas da Indonésia a Hong Kong e Cingapura têm sido suas empregadas domésticas que recebem baixos salários. Porém agora, com o apoio do fundo de investimentos do grupo de commodities Cargill, uma companhia de lácteos da Indonésia está trabalhando para garantir que a maior economia do sudeste da Ásia seja mais bem conhecida por seu leite de alta qualidade e queijo mussarela.

AustAsia, que tem um terço pertencente ao Black River Asset Management da Cargill e dois terços nas mãos do magnata indonésio, Handojo Santosa, está impulsionando as exportações de seu leite Greenfields com mais da metade de suas vendas anuais de 27 milhões de litros indo aos mercados externos, como Cingapura e Hong Kong. Essa produção deverá dobrar até o final do próximo ano.

Ansiosa para explorar as oportunidades oferecidas pela crescente demanda da Ásia por produtos lácteos, a AustAsia está investindo dezenas de milhões de dólares para expandir na China e mais que dobrar sua produção na Indonésia para 16.000 vacas, tornando-se a maior do país.

Isso diferencia a companhia da indústria de lácteos fragmentada da Indonésia, onde 90% das mais de 400.000 fazendas leiteiras pertencem a pequenos produtores, com apenas poucos animais cada. Ter suas próprias fazendas, disse a AustAsia, dá à companhia uma vantagem sobre outras companhias de lácteos asiáticas com cadeias de fornecimento mais longas e complicadas – comprando leite cru de vários pequenos produtores ou importando o produto na forma de leite em pó da Austrália, Nova Zelândia ou outro país.

O chefe de vendas e marketing da AustAsia, Jan Vistisen, disse que a companhia não tenta mais esconder suas origens agora que a marca está estabelecida na Indonésia e em vários importantes mercados de exportação, com as vendas acelerando rapidamente. “Há três anos, nós não tínhamos confiança de que as pessoas comprariam nossos produtos se disséssemos que era da Indonésia”, disse ele na fazenda da companhia, nas encostas do Monte Kawi, perto da cidade de Malang, em East Java. “Agora, estamos crescendo muito rápido e não temos oferta suficiente. Com nossos planos de expansão na Indonésia e na China, poderemos colocar nossos produtos na maior parte da Ásia”.

Os 27 milhões de litros de leite que a AustAsia produzirá nesse ano tem um valor de varejo de cerca de US$ 65 milhões. As vendas mais que dobrarão até o final do ano que vem, junto com a produção. A AustAsia tem refinado suas credenciais com os clientes, fechando acordos de distribuição com a Starbucks, que usa seu leite em Cingapura e Indonésia, e em outras cafeterias que demandam rastreabilidade e confiança. A companhia também está investindo nas vendas de leite com marca na China, onde vem fornecendo leite cru para importantes processadores, como Nestlé e Mengniu, após ter saído da joint venture com a última em 2007.

As restrições de investimentos têm limitado a capacidade da companhia de produzir leite de marca própria na China, mas a AustAsia está aumentando sua produção de leite cru de 250 milhões de litros por ano para 350 milhões de litros até o final do próximo ano. À medida que a companhia busca impulsionar suas margens, em breve começará a vender leite da marca Greenfields para cafeterias através de um acordo com uma companhia local de processamento.

Ao fazer isso, a companhia está buscando cobrir a demanda de rápido crescimento por produtos lácteos premium pela classe média emergente na Ásia que está cada vez mais preocupada com a qualidade e a rastreabilidade após uma série de importantes escândalos de saúde.

A maior parte do leite consumido nos países asiáticos, a maioria quente e úmido, são os longa vida ou feitos com leite em pó importado. Porém, a demanda por leite fresco mais caro, como o produzido pela Greenfields, está crescendo, apesar de seu prazo de validade mais curto.

“À medida que os consumidores se tornam mais confortáveis com os produtos lácteos, eles buscarão consumir mais leite fresco e há uma crescente preferência por esse produto no sudeste da Ásia”, disse o analista da indústria de lácteos do Rabobank na Austrália, Michael Harvey.

O principal foco da AustAsia continua sendo a Indonésia, onde faz cerca de 45% de suas vendas e onde a demanda por lácteos e outros produtos ao consumidor está aumentando rapidamente, à medida que a renda aumenta. Cingapura e Hong Kong são responsáveis por 20% das vendas, com o restante vindo de Brunei, Malásia e Filipinas.

As vendas de produtos lácteos na Indonésia alcançaram US$ 2,7 bilhões no ano passado, de acordo com o Euromonitor, uma companhia de pesquisa de mercado. Apesar da demanda por leite estar crescendo em cerca de 7% anualmente, os indonésios somente bebem cerca de 15 litros per capita por ano atualmente, de acordo com Vistisen. Isso é bem abaixo do consumo das Filipinas, com 22 litros, e China, Cingapura e Tailândia, onde o consumo é de cerca de 30-35 litros.

O outro lado das crescentes oportunidades de crescimento é a competição, com grandes produtores globais de lácteos, como Nestlé, Fonterra e FrieslandCampina competindo com marcas locais, como Indofood e Ultrajaya. De acordo com o Euromonitor, a Friesland está no tipo, com 21% do mercado de lácteos da Indonésia, seguida por Nestlé, com 19% e Fonterra, com 6%. Dos grupos locais, a Indofood controla 14,5% do mercado e a Ultrajaya, 8%.

A Ultrajaya, a única companhia de lácteos da Indonésia registrada na bolsa, viu sua margem bruta de lucro cair para 29%, de 32% no ano passado, devido à pressão nos preços e à desvalorização da moeda pressionando os custos do leite e dos materiais importados.

Porém, a Greenfields está tentando ficar acima da batalha, lutando pelos consumidores premium, vendendo um litro de leite fresco por US$ 2,50, pelo menos 50% a mais que seus principais rivais. Tendo estabelecido a marca Greenfields e embarcado em um plano para expandir sua produção na Indonésia de 27 milhões para 65 milhões de litros por ano, a AustAsia está ampliando sua gama de produtos, lançando um queijo Ricotta, para adicionar à sua linha de queijo Mozzarella, e uma bebida láctea sabor mocaccino. O objetivo é aumentar as margens de lucros através do desenvolvimento de produtos de maior valor, mas com 10 litros de leite usados para fazer cada quilo de queijo, a medida tem riscos. Vistisen disse que os queijos “são compatíveis com os melhores produtos da Europa” e que a proximidade com o mercado de rápido crescimento na Ásia é uma grande vantagem.

A reportagem é do Financial Times, traduzida pela equipe MilkPoint Brasil.
 

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