Indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis se mantém estável no 2º tri de 2020

Este desempenho deve-se especialmente à performance da indústria de alimentos, um grande cliente do setor que, durante a pandemia, tem apresentado variações positivas em sua produção.

Publicado por: MilkPoint

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Pesquisa da W4Chem, feita com exclusividade para a ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), indica que a indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis comportou-se de forma relativamente estável no 2º trimestre de 2020, com uma leve queda em relação ao trimestre anterior. Se considerarmos o 1º semestre do ano, podemos dizer que o setor de flexíveis teve um desempenho superior ao da indústria como um todo.

Este desempenho deve-se especialmente à performance da indústria de alimentos, um grande cliente do setor que, durante a pandemia, tem apresentado variações positivas em sua produção. De modo geral, a população não deixou de comprar alimentos e, em algumas ocasiões, inclusive destinou mais recursos financeiros para este tipo de consumo. O que ocorreu foi uma transição para marcas de menor valor agregado.

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Por outro lado, a indústria de bebidas, outro importante cliente dos flexíveis, registrou uma queda de 19% na produção em março, seguida por outra queda de 38% em abril. “Parte dessa queda foi compensada com um grande crescimento em maio, mas que não foi suficiente para retornar aos níveis de consumo”, explica o empresário Rogério Mani, Presidente da ABIEF. A boa notícia é que o 3º trimestre sinaliza uma retomada na produção dos grandes players de bebida.

As indústrias de higiene e limpeza, também importantes clientes do setor de flexíveis, especialmente neste momento de pandemia, mantiveram uma boa performance no período, contribuindo para o desempenho estável do setor.

O estudo da W4Chem mostra ainda que a produção de embalagens plásticas flexíveis chegou a 480 mil toneladas no 2º trimestre do ano. Embalagens de PEBD (polietileno de baixa densidade) e de PEBDL (polietileno linear de baixa densidade) tiveram uma participação de 72% neste total, seguidas de PP (polipropileno), com uma participação de 16% e PEAD (polietileno de alta densidade), com 12%.

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Com isso, o setor fecha o 1º semestre de 2020 com uma produção total de 967 mil toneladas de embalagens plásticas flexíveis e um consumo aparente de 944 mil toneladas; foram exportadas 54 mil ton e importadas 31 mil ton.

“Mais uma vez os números mostram o potencial do setor de embalagens flexíveis, especialmente em momentos de crise, como este da covid-19. Na verdade, todos os itens plásticos tiveram – e continuarão a ter - um papel fundamental no desenvolvimento social e econômico da sociedade moderna. E nesta pandemia, o plástico deixou de ser o vilão e voltou a ser reconhecido como um material nobre e de valor imensurável no cotidiano das pessoas, com ênfase à proteção dos alimentos e garantia de acesso a medicamentos”, atesta Mani.

Para Mani, ainda há muitos desafios a serem vencidos, especialmente no que tange a sustentabilidade. “Mas acredito que esta nova percepção e consciência da sociedade sobre a importância do plástico, abrirá mais espaço para discussões conjuntas e soluções inseridas no cenário da economia circular. Temos que pensar na sustentabilidade e na circularidade das embalagens desde o seu projeto. Desta forma, teremos cada vez mais embalagens com conteúdo reciclado, mono material e com processos simplificados. E estas mesmas embalagens continuarão garantindo segurança alimentar, proteção dos produtos, otimização logística e comunicação adequada com os consumidores.”

As informações são da ABIEF.

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