Em relatório, a FAO informou que houve queda nos preços internacionais de óleos vegetais e, em menor proporção, de carnes e cereais, que mais do que compensaram a continuidade das valorizações de leites e açúcares.
O sub-índice de óleos vegetais ficou em 158,1 pontos em fevereiro, com queda de 10,3% ante janeiro, o que interrompeu uma sequência da altas que ocorria desde julho de 2019. “A forte queda foi liderada pelo óleo de palma, o componente dominante do índice. As cotações internacionais de óleo de palma caíram 12% em relação ao mês anterior, devido à produção superior à esperada na Malásia, a uma queda temporária na demanda de importação indiana e ao medo de uma desaceleração na demanda global após o surto de Covid-19. Os preços do óleo de soja, de girassol e de canola acompanharam a queda do óleo de palma”, escreveu a FAO.
O preço médio das carnes caiu 2% entre janeiro e fevereiro, marcando o segundo mês de queda após 11 de altas. O indicador ficou em 178,6 pontos.
O sub-índice para cereais recuou 0,9% na mesma comparação, para 167,8 pontos, pressionado por trigo e milho devido ao excesso de oferta e também a receios com os reflexos do coronavírus.
Na outra ponta, a FAO informou que os preços dos lácteos subiram 4,6%, para 209,8 pontos em fevereiro. “As cotações do queijo subiram 10,6%, sustentadas pelo aperto de oferta da Nova Zelândia com o declínio sazonal da produção de leite. A queda foi acentuada pelas disponibilidades de exportação reduzidas da Austrália.
Por outro lado, as cotações de leite em pó desnatado (SMP) e do leite em pó integral (WMP) caíram”, afirmou o texto. Por fim, o indicador de açúcares ficou em 209,7 pontos em fevereiro, com alta de 4,5% ante janeiro marcando o quinto mês consecutivo de elevação e o maior nível desde maio de 2017. “O aumento mais recente refletiu principalmente as perspectivas de menor produção na Índia, o segundo maior produtor de açúcar do mundo, e também na Tailândia, devido a uma seca prolongada. A forte demanda global de importação, principalmente da Indonésia, maior país importador de açúcar do mundo, também forneceu suporte aos preços. No entanto, a fraqueza contínua da moeda brasileira (real) em relação ao dólar americano limitou a extensão do aumento dos preços mundiais do açúcar.”
As informações são do Valor Econômico.