IN 51:Setor busca verbas para ampliação dos laboratórios

Sem a ampliação dos laboratórios que integram a Redeleite, a rede que foi formada com o objetivo de efetuar as análises de leite preconizadas pela Instrução Normativa 51, o setor terá a frente um gargalo para a melhoria da qualidade do leite. A opinião é do professor João Dürr, da Universidade de Passo Fundo (RS) e presidente do CBQL, Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite. "Se começarmos a ter dificuldade de analisar o leite por falta de equipamento - o que em alguns casos já ocorre - a IN 51 e todo o programa perdem credibilidade", alerta Dürr.

Procurar formas de captar os R$ 5 milhões necessários a aquisição de novos equipamentos é o objetivo da reunião que João Dürr, Rodrigo Alvim, presidente da Comissão de Pecuária de Leite da CNA, Marcelo Costa Martins, assessor técnico da CNA e farão reunião nessa segunda-feira (10/04) com a FINEP.

O montante não é tão elevado se for considerado que, recentemente, a própria FINEP liberou recursos da ordem de R$ 37 milhões para capacitação e modernização dos laboratórios governamentais da rede Lanagro (antigos "Lara"). Esse episódio, aliás, foi também motivo de queixas do setor.

Nesse processo, foram retirados do projeto os R$ 2 milhões solicitados pelo setor para capacitação do laboratório de referência da Redeleite, que deverá funcionar em Pedro Leopoldo (MG). É esse laboratório que deverá fazer a calibração, a padronização de procedimentos e a troca de amostras. Sem ele, a padronização entre as unidades da Redeleite fica prejudicada, dependendo da utilização de serviço similar no exterior, elevando o custo e diminuindo a agilidade. Além disso, segundo Dürr, é o laboratório de referência que deverá ser credenciado junto a rede mundial de laboratórios, aplicando aqui as metodologias e procedimentos aceitos mundialmente. Fonte: MilkPoint