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No debate realizado durante o II Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, realizado em Goiânia, de 23 a 25/10, o asessor técnico da Comissão de Pecuária Leite da CNA, Marcelo da Costa Martins, manifestou preocupação com o fato do RIISPOA não ter sido alterado até agora, significando uma fragilidade para a normativa. Já Cesar Helou, presidente do Sindileite de Goiás, enfatizou dois aspectos fundamentais para a viabilização da normativa: a capacitação da mão-de-obra nas fazendas e nas indústrias e a infra-estrutura, incluindo estradas e energia elétrica. Helou disse que nos últimos 20 dias tem chovido constantemente em Goiás e a tem faltado luz em diversas propriedades, comprometendo a qualidade do leite. Ele disse que a IN 51 andará devagar até que existam melhores condições e infra-estrutura compatível com a normativa. "A legislação é sem dúvida um marco, mas o trabalho não termina nela", disse.
Helou disse que apesar do foco recente nas exportações, é no mercado interno que estão os principais motores do crescimento do mercado. "Em função disso, é preciso desenvolver campanhas de marketing em outros estados, como a que está sendo realizado em Goiás e que resultou em aumento de 10% no consumo após 4 meses", recomenda.
Severino Benone, responsável pelo laboratório de qualidade do leite de Pernambuco, informou que os trabalhos de análise do leite estão apenas começando nas regiões, com valores em média bem acima do preconizado pela IN 51. A normativa deve vigorar nas regiões NE e N a partir de julho de 2007.
Paulo Humberto Araújo, da divisão de Inspeção do Leite e Derivados do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, disse que o cadastro de produtores de leite para fins de controle da IN 51 ainda está sendo feito. Equipe MilkPoint.
