ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

SC: importações de leite prejudicaram produtor em 2023

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/01/2024

3 MIN DE LEITURA

0
4

São dois lados de uma mesma moeda: em 2023 as maciças importações de lácteos beneficiaram o consumidor brasileiro com a queda de preços no varejo, mas abalaram a cadeia produtiva e levaram muitos produtores rurais a abandonar a atividade leiteira, criando séria ameaça de desabastecimento de matéria-prima para as indústrias laticínias nacionais.

A complexidade dessa questão foi levantada em junho do ano passado, quando a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) alertou o Ministério da Agricultura que as importações excessivas estavam desorganizando a cadeia produtiva e afetando diretamente a agricultura familiar, fazendo-a desistir desse segmento da agropecuária barriga-verde. A FAESC participou de manifestações e articulações políticas que envolveram toda a cadeia produtiva.

Nesta semana, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) confirmou que as importações de lácteos quase dobraram em 2023. De acordo com o MDIC, as importações brasileiras de lácteos (leite, creme de leite e laticínios, exceto manteiga ou queijo) encerraram o ano de 2023 com alta de 74,2% em relação ao ano anterior. As compras totalizaram 231,3 mil toneladas de janeiro a dezembro, e os desembolsos, 853,62 milhões de dólares (+66%).

São Paulo foi o estado que mais importou lácteos em 2023 (26,8%) – quase um terço do total nacional – com desembolso de 229 milhões de dólares, quantia 64,8% maior que a aplicada em 2022. Santa Catarina ficou na segunda posição, com aquisições que somam 168 milhões de dólares (+54,9%) e participação de 19,7%.

O presidente da FAESC José Zeferino Pedrozo fez um apelo para que os laticínios e as redes de varejo reduzam as importações e voltem a priorizar o leite do produtor rural brasileiro. “A cadeia produtiva do leite é essencial para a segurança alimentar do Brasil”, assinalou o dirigente. Lembrou que o ano de 2023 foi penoso para o produtor de leite em consequência da conjunção de estiagem no verão, enchentes provocadas pelo El Niño ao longo do ano e entrada massiva de lácteos do Mercosul. Acredita que neste ano a tendência é de melhoria a partir de março, com retomada do consumo pela volta das atividades escolares.

Uma das soluções que a FAESC propõe em sintonia com a CNA é regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes no Brasil. Paralelamente, o presidente Pedrozo defende uma política de apoio ao setor que inclua medidas articuladas entre os governos da União e dos Estados para estimular, simultaneamente, a produção e o consumo, abrangendo a redução da tributação, EGF (empréstimos do Governo Federal) para o leite, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo. Outras medidas incluem aquisição subsidiada de tanques de resfriamento e outros equipamentos para pequenos e médios produtores, o uso obrigatório de leite e derivados de origem nacional em programas sociais.
 

IMPORTAÇÕES

A maior parte do leite importado em 2023 era de origem argentina e uruguaia, países do Mercosul cujas operações são isentas da Tarifa Externa Comum (TEC). Foi o segundo ano consecutivo com alta na aquisição externa de lácteos, principalmente com origem no Uruguai e na Argentina. Em 2022, o país importou 514 milhões de dólares e acumulou um crescimento de 64% ante os 12 meses de 2021, ou seja, dez pontos percentuais a menos que o resultado acumulado em 2023 sobre o ano anterior.

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a Argentina consolidou-se como líder nas remessas ao Brasil, com participação de 45,5% no total de produtos lácteos importados pelos brasileiros no ano passado. O incremento é de 40% em relação ao ano anterior, com faturamento de 388 milhões de dólares - acréscimo de 111 milhões de dólares sobre os negócios de 2022. De outro lado, o Uruguai deu um salto ainda maior, com variação de 87,7% nos negócios realizados de um ano para outro. O país faturou 354 milhões de dólares, mais 166 milhões de dólares que em 2022, abocanhando uma fatia de 41,5% das transações.

As informações são da Faesc, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures