O Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) está contratando laticínios e cooperativas para fornecerem leite para o programa “Leite pela Vida”. De acordo com o órgão, alguns dos atuais fornecedores alegam que estão encontrando dificuldades para adquirir leite, principalmente devido à seca. A falta do produto afetou diretamente cerca de 35 mil famílias em todo o Norte de Minas. Em Montes Claros, maior cidade da região, famílias reclamam que estão há mais três meses sem receber o leite do programa.

A dona de casa Maria Amélia de Cássia tem como renda apenas o Bolsa Família, e para adquirir o leite muitas vezes deixa de comprar outros alimentos. “Fica bastante complicado. Às vezes falta uma fruta, ou verdura, por causa do leite”, lamenta.

No Bairro Conferência Cristo Rei, na região Norte da cidade, a distribuição era realizada três vezes por semana. Mas, há muito tempo, esta cena não se repete. “Não sei nem mais a última vez em que a gente entregou o leite aqui. Muitas pessoas me encontram na rua e perguntam: ‘Cadê o leite?’, mas eu não sei”, afirma Adelina Alves de Souza, uma das voluntárias que fazia a distribuição.

Uma alternativa já apresentada para enfrentar a falta do leite pasteurizado era a entrega do leite em pó. Porém, segundo o Idene, desde 2013 , uma deliberação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) determina a distribuição do leite pasteurizado, uma vez que os principais objetivos do programa é a redução da desnutrição e o fortalecimento da agricultura familiar.

Ainda de acordo com o Idene, os interessados em fornecer o leite para o programa podem se credenciar. 

As informações são do G1.