Idec pede que somatrotopina seja proibida

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) enviou cartas ao Ministério da Agricultura e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada pedindo que o hormônio do leite seja proibido no País.

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O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) enviou cartas ao Ministério da Agricultura e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada pedindo que o hormônio somatotropina seja proibido no País. O instituto alega que há indícios de que o produto possa causar danos à saúde humana, porém, ainda não existe nada conclusivo a respeito.

A somatotropina bovina recombinante (rBST) é uma espécie de anabolizante dado às vacas para aumentar em 20% a produção de leite. A vaca produz naturalmente o hormônio, mas em quantidades pequenas.

O Idec citou ainda um estudo publicado em maio deste ano pela revista médica The Journal of Reproductive Medicine, que afirma que mulheres que comem produtos derivados do leite regularmente têm cinco vezes mais chances de ter filhos gêmeos, e suspeita-se que esse potencial seja provocado pelo hormônio.

Ainda de acordo com o Idec, o fato de as vacas produzirem mais leite leva a um aumento do risco de mastite (inflamação das mamas), o que exigiria tratamentos com antibiótico. Isso pode fazer com que resíduos da droga fiquem no leite que será consumido. O Idec destaca que ainda não se conhecem claramente os efeitos do hormônio do leite sobre a saúde humana.

A Câmara dos Deputados, por meio da Comissão de Meio Ambiente, pretende realizar uma audiência pública ainda neste ano sobre a suposta ameaça do produto à saúde humana.

O hormônio do leite foi desenvolvido pela multinacional americana Monsanto. No Brasil, é comercializado pela Elanco e pela Schering-Plough. O hormônio surgiu de um organismo geneticamente modificado, mas não é, em si, um produto transgênico.

As duas empresas que vendem o hormônio no Brasil dizem que ele não provoca danos à saúde humana porque as mudanças ocorrem apenas no organismo da vaca, e o leite se mantém inalterado. O Ministério da Agricultura, que renovou neste ano a licença de comercialização do hormônio, concorda.

Segundo o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, a maioria dos produtores brasileiros não usa. "Mas não é pelo fato de que poderia fazer mal. É pelo fato de que é caro", afirma.

As informações são de Ricardo Westin para o O Estado de S. Paulo.
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