Hegg: estímulo ao consumo é melhor que PROP

Em Goiás, laticínios e produtores se uniram para estimular o consumo de lácteos. Com investimentos de R$ 500 mil a R$ 600 mil mensais, o agronegócio goiano do leite, conseguiu aumentar em 10% as vendas do produto.

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Em Goiás, laticínios e produtores se uniram para estimular o consumo de lácteos. Com investimentos de R$ 500 mil a R$ 600 mil mensais, o agronegócio goiano do leite, conseguiu aumentar em 10% as vendas do produto, em campanha publicitária iniciada em fevereiro.

"É muito mais vantajoso investir R$ 160 milhões para estimular o consumo interno do que aplicar o mesmo recurso para subsidiar a produção", diz Cícero Hegg, vice-presidente do Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil), referindo-se ao fato de os produtores pedirem para o governo leilões de opções privadas.

Segundo ele, outros estados pensam em fazer ações de marketing semelhantes às de Goiás, que são bancadas a partir da renúncia fiscal. "Não precisamos de subsídio, precisamos desonerar o produto", avalia Hegg.

A partir de uma parceria com o governo de Goiás, o Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindileite) conseguiu reduzir o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 7% para 2%, desde que aplique metade do valor devido em ações institucionais ao estímulo do consumo.

A ingestão de lácteos no estado está abaixo da média brasileira: 80 quilos per capita, ante a 130 quilos per capita no País. Por isso, cerca de 85% da produção local acaba sendo comercializada em outros estados. A notícia é de Neila Baldi, para a Gazeta Mercantil.
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Beatriz Martins
BEATRIZ MARTINS

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 03/10/2006

Concordo com o Sr. Hegg e Sr. Haroldo. São duas atitudes distintas, que convergem para um interesse único. Toda a cadeia de lácteos tem que ser mais unida, pois o benefício será geral.
Haroldo Max de Sousa
HAROLDO MAX DE SOUSA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/09/2006

Concordo que realmente devemos investir em marketing para aumentar o consumo de lácteos. Acredito ainda que o exemplo de Goiás deva ser seguido por outros estados, e também pelo Governo Federal, afinal, o consumo de lácteos pelos brasileiros é abaixo do recomendado pela OMS. No entanto, acredito também que não devemos relacionar marketing do leite com a proposta de implantação do PROP do Leite.

O PROP vem sendo usado com muito sucesso por outros produtos, como soja, algodão, arroz, sem no entanto ter essa conotação de ´´subsídio´. Prefiro entender o PROP como subvenção econômica (prêmio). Subsídio, para mim, é o que se pratica na Comunidade Econômica Europeia e nos Estados Unidos da América, onde o Governo paga efetivamente aos seus produtores a diferença entre nossa competência e seus altos custos de produção.

O setor primário da cadeia do leite, que ao longo dos últimos anos vem comprovando sua eficiência com produções recordes e constantes melhoria da qualidade, precisa de instrumentos eficazes que venham garantir a renda do produtor rural.

Se queremos de fato ser um grande exportador de lácteos, não podemos ter receio em inovar. A adoção do PROP vai facilitar as compras pelas indústrias, reduzir a pressão sobre o orçamento das operações de crédito, aproximar o produtor rural e consumidor na cadeia produtiva, estimular as exportações, retirando do mercado interno excedentes de produção e impedindo quedas de preços.

Todos nós sabemos que basta 2% ou 3% de excedente de produção para afetar a totalidade. Acredito que o PROP sevirá de uma maneira inteligente e barata corrigir essa distorção do mercado.

Portanto sr. Hegg, vamos unir forças para implementar o marketing institucional do leite no Brasil, mas também vamos apoiar o PROP do leite, uma das poucas iniciativas vindas do Governo Federal para este setor tão importante, cujo único custo, além da comissão do corretor, será a quebra do paradigma.

Haroldo Max de Sousa
Presidente da Centroleite.
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