Grupo Reinorte incorpora cooperativa de leite

O grupo Reinorte Alimentos Ltda-ME, acionista do frigorífico FriCampos, depois de investir no corte e no abate, assinou contrato de locação por 10 anos e passará a utilizar o imóvel e equipamentos pertencentes à Cooperativa dos Produtores de Leite de Campos (Cooperleite).

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O grupo Reinorte Alimentos Ltda-ME, acionista do frigorífico FriCampos, depois de investir no corte e no abate, assinou contrato de locação por 10 anos e passará a utilizar o imóvel e equipamentos pertencentes à Cooperativa dos Produtores de Leite de Campos (Cooperleite). As atividades devem ser retomadas em 45 dias, mas o grupo não quer ficar somente nisso. Pretende, em médio prazo, sanar as dívidas da cooperativa, que giram em torno de R$ 14 milhões, e convocar assembléia geral com os cooperados para discutir a dissolução da cooperativa, na forma prevista em Estatuto, e colocá-la para funcionar já com novo nome. Só neste primeiro momento, a previsão é que sejam gerados 150 empregos diretos.

O retorno das atividades significará a possibilidade de um local para que os produtores possam escoar sua produção. Para o coordenador do Fórum Permanente das Entidades da Sociedade Civil, José Francisco, a perspectiva da volta das atividades, agora através do grupo Reinorte, trará benefícios não só para Campos, como para toda região. Em encontro na semana passada, o Fórum debateu a situação com pecuaristas de corte e leite.

"Diante da nossa realidade, do momento pelo qual passa toda a nossa região, será muito importante que haja essa movimentação de retomada dos trabalhos da antiga cooperativa", opinou Francisco.

As informações são do jornal Folha da Manhã.
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Lucas Antonio do Amaral Spadano
LUCAS ANTONIO DO AMARAL SPADANO

GOUVÊA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/06/2008

Caro Roberto, acho que você está com a razão, a caixa preta das cooperativas nunca foi aberta, os grupos dominantes que assumem as diretorias, pode observar, são sempre os mesmos, as reuniões e assembléias são marcadas para dias e horários incompatíveis com os horários de quem produz leite. O mais interesante é que quando pagam bem pelo leite, os armazéns que vendem ração, produtos, insumos de modo geral, têm seus preços nas alturas e tudo descontado na folha do leite.

O comodismo do produtor é que proporciona isto, pois deixa de fazer coleta de preços porque é mais fácil adquirir no armazém da "sua" cooperativa. Tem razão, a legislação precisa mudar, os produtores precisam fiscalizar, criar mecanismos para tal e não ficarem acomodados com desmando evidentes de má gestão.
É bom frisar, prejuízo de cooperativa e dívidas acabam nas costas do produtor, afinal, ele sendo cooperado, tem direito aos bônus e aos ônus e termina "pagando o pato".
Roberto Cunha Freire
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 24/06/2008

As cooperativas estão quase todas nessa situação e são sintomáticos os efeitos colaterais causados, na maioria, por má gestão, na qual imperam o empreguismo, os benefícios pessoais, o continuísmo, etc. É por isso tudo que defendo uma mudança na lei do cooperativismo no Brasil, em que se proiba a reeleição para os cargos de Presidente, Diretores e de membros dos conselhos por mais de 2 (dois) mandatos consecutivos.

É preciso estbelecer regras de fiscalização por controles de auditorias externas contratadas através de licitação, etc. Na maioria dos casos, as Diretorias, residências e membros dos conselhos, agem como se fossem proriedades particulares suas. Nós produtores rurais somos culpados por admitir esse tipo de conduta e comportamento, pois se fizerem uma pesquisa, constatarão que são as cooperativas de leite que remuneram pior os produtores rurais de leite. Creio que deveria partir delas a implementação de um indexador para atualizar o preço médio do litro de leite que nos pagam, lastreado em uma cesta de produtos derivados do leite no atacado.

A continuar nessa mesmice em termos de remuneração ao seus produtores /cooperados, muitas terão que fazer o mesmo que a Cooperleite; ela não é a primeira, nem será a última a tomar essa decisão, se não mudarem, as demais, o modo como tratam comercialmente os seus produtores rurais de leite/cooperados.
Qual a sua dúvida hoje?