Grupo Pascual pode investir na China, México e Brasil

O presidente e conselheiro delegado do Grupo Leche Pascual, da Espanha, Tomás Pascual Gómez-Cuétara, afirmou que a companhia busca sócios locais para se implantar na China, no México e no Brasil, sendo que para isso mantém negociações com empresas e fabricantes de produtos alimentícios com uma ampla rede de distribuição.

Quando a empresa encontrar "um sócio de confiança que conheça bem o mercado" estudará montar unidades de produção para comercializar produtos lácteos sob sua marca própria, ainda que não descarte a possibilidade de aproveitar a empresa de seu sócio local, se esta contar com o reconhecimento dos consumidores.

A estratégia de expansão no exterior da Leche Pascual "vai mais além da exportação", segundo Gómez-Cuétara, que disse que os produtos da empresa já podem ser encontrados em mais de 60 países, entre eles, Angola e China.

Sobre as regiões onde está consolidada, Gómez-Cuétara insistiu na necessidade de manter a inovação, objetivo ao qual a Leche Pascual destinou cerca de 4% do faturamento de 2006. Embora não tenham sido divulgados os dados definitivos do fechamento deste exercício, poderá haver um crescimento no valor de negócio de 7% com relação a 2005, até mais de US$ 1,12 bilhão.

Assim, o grupo lançará no próximo mês de janeiro três novos produtos no mercado, dois no segmento de leite, sob as marcas "Essential" e "Balance", e uma bebida de chá chamada "Tealia". Segundo os cálculos, 25% do faturamento nos últimos cinco anos corresponde a novos lançamentos.

Gómez-Cuétara disse que a empresa não pretende buscar novos sócios, em alusão a possíveis necessidades de financiamento para realizar a entrada em novos mercados. "Temos a confiança dos bancos". Ele disse que atualmente o grupo reinveste a totalidade dos recursos que gera.

Assim, duplicar as vendas da companhia é um dos objetivos da empresa. "Duplicaremos as vendas em cinco, seis ou sete anos", disse ele, que preferiu não fixar uma data para isso.

Avançar na orientação ao cliente, reforçar a inovação, melhorar a cadeia de fornecimento, aplicar uma gestão empresarial mais participativa e "levar à excelência a qualidade operacional" são os pilares do projeto de futuro do grupo, disse ele.

A reportagem é do Invertia, publicado no site Lechería Latina.