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Grande desafio do agronegócio é uso racional da água

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/06/2021

3 MIN DE LEITURA

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Usuário de 70% da água outorgada no país e líder em pautas como segurança alimentar e exportações, o agronegócio tem o uso racional da água como desafio diário.

Entidades e especialistas avaliam que avanços nesse campo devem combinar o aperfeiçoamento de aspectos regulatórios, investimento em novas tecnologias, consolidação do foco na preservação das bacias hidrográficas e o enraizamento de paradigmas do ESG - boas práticas ambientais, sociais e de governança.

“O ESG virou métrica financeira, orientando investimentos. O grande produtor, lincado ao mercado internacional está mais preocupado com isso e buscando o uso da água com mais racionalidade. O Brasil terá de se adaptar rápido”, afirma Eduardo Daher, diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

“O risco é uma linguagem direta para o setor financeiro e o investidor”, diz Samuel Barrêto, gerente de segurança hídrica da TNC Brasil. Segundo ele, há uma consciência maior do setor privado sobre o risco e a crise da água é um dos cinco temas mais importantes para se pensar o futuro no Brasil e no mundo.

Essa equação, afirma, combina o risco regulatório - associado à outorga e impactado pela expectativa de maior escassez de água -, questões climáticas, financeiras e a reputação das empresas. “Uma tendência relevante é que o cuidado com toda a cadeia produtiva ganha importância. Eu enxergo uma mudança sistêmica. Essa é a década da ação, de trazer valor agregado à atividade produtiva.”

Para o executivo da Abag, introjetar o ESG na matriz de sustentabilidade, que já é bastante avançada no Brasil, é o desafio colocado para o agronegócio.

Essas premissas, diz, estão na equação de traders e instituições financeiras, influenciando o acesso a recursos pelas empresas e novos investimentos. No futuro próximo, diz, o consumo de água deve tornar-se um indexador. “É preciso estudar as métricas de consumo adequadas e estabelecer um controle mais efetivo do volume disponível e do que é usado. A tendência é um aumento nos valores de outorga.”

Chefe-adjunto de pesquisa & desenvolvimento da Embrapa Cerrados, Lineu Rodrigues destaca a necessidade de corrigir a regulamentação ambiental. “Uma outorga leva até dois anos para ser concedida e muitas empresas iniciam sua operação antes. É preciso melhorar a legislação”, diz.

Para Nelson Ananias, coordenador de sustentabilidade da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), passos novos na regulação poderiam estimular e potencializar o reuso, com parâmetros e incentivos para essa prática; assim como o reconhecimento da preservação da água como utilidade pública.

Para os especialistas, também é possível avançar no campo da assistência técnica, com equipamentos de mais baixo custo e operação simplificada. “A preservação de nascentes é uma medida emblemática, mas não resolve o problema sozinha. Há que pensar na conservação do solo de forma mais ampla”, afirma Lineu Rodrigues.

A preservação das bacias hidrográficas, com práticas de manejo e conservação mais aderentes ao potencial de cada região, é vetor estratégico para induzir a produtividade futura do agronegócio. “Se você tem um gasto acima do estoque não funciona”, diz Samuel Barrêto.

Segundo ele, é preciso entender a capacidade de cada bacia, estabelecer uma gestão sustentada e controles mais eficientes. “É preciso fomentar boas práticas junto ao produtor rural. Quando combinamos conservação com produção temos mais sustentabilidade no longo prazo.”

O desenvolvimento de culturas mais resistentes à escassez segue na pauta do desenvolvimento tecnológico do agronegócio. Walter Quadros Ribeiro Junior, pesquisador da Embrapa Cerrados, destaca que a genética é uma ferramenta que leva tempo, mas traz resultados positivos quando bem aproveitada. Pesquisas da instituição em busca de plantas mais tolerantes à seca e eficientes no consumo de água registram avanços em culturas como a soja e a cana-de-açúcar, relata.

Segundo o pesquisador, um programa de melhoramento de sementes deve agregar atributos além da produtividade. “É preciso pensar no ganho ambiental e social”, afirma.

Em outra vertente, do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) estabeleceu parceria com a Embrapa Hortaliças para ampliar a matriz hídrica, atender comunidades isoladas e viabilizar a agricultura irrigada de menor porte em áreas de vulnerabilidade social. O projeto cria mecanismos para reuso da água de esgoto na plantação de hortaliças.

Resultados parciais indicam que a água obtida é adequada a irrigação das plantas. O objetivo do IICA é levá-lo para regiões do semiárido brasileiro, nos Estados do Ceará, Piauí e Paraíba.

As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

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