GO: Perdigão reforça investimentos na região
O sucesso do complexo agroindustrial da Perdigão em Rio Verde, cujo faturamento anual chegará a R$ 1 bilhão, reforça a aposta da empresa no sudoeste de Goiás. A companhia adquiriu concorrentes e investiu pesado na construção de novas plantas nas cidades vizinhas de Jataí e Mineiros.
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Mesmo ameaçada pelo avanço da cana-de-açúcar no sudoeste de Goiás, o que pode colocar em risco o abastecimento das granjas com o milho farto da região, a Perdigão concentrará esforços na expansão das instalações em Jataí para dobrar os abates de aves e colocar de pé um laticínio na cidade (veja matéria relacionada) Na fábrica de Rio Verde, a empresa informa estar "muito próxima" da capacidade. Ainda assim, R$ 300 milhões serão investidos pela empresa e seus integrados no "Projeto Buriti", de Rio Verde, até 2011.
Os produtores de Rio Verde ainda podem ser beneficiados pela diversificação, como o fornecimento de leite para abastecer a unidade recém-adquirida da Eleva, em Itumbiara (GO). A empresa quer incentivar seus integrados a criar gado de leite. "Tivemos dificuldades, foi sofrido, mas criamos um modelo que tem potencial para ir além, com o leite, por exemplo", diz o diretor de novos negócios, Nelson Vas Hacklauer. A empresa acredita que continuará a ter forte peso na economia de Rio Verde. "Como temos plano de previdência, nossos funcionários, mesmo aposentados, vão continuar a consumir", diz o diretor. Com 30 anos de casa, o empregado pode sacar 70% dos depósitos. "A massa salarial deve aumentar". A empresa estima R$ 1,5 bilhão em movimento econômico.
Beneficiada por isenção fiscal e a cessão de terrenos para sua fábrica de 157 mil m², a Perdigão tem capacidade para abater 2,5 milhões de aves e 27 mil suínos por semana, além de produzir 250 mil toneladas de embutidos e pratos prontos congelados por ano. Em 1998, a empresa de apenas 600 funcionários começou os abates com 500 suínos e 30 mil aves por dia.
A principal preocupação da Perdigão está centrada na rápida e incontrolável expansão da cana-de-açúcar na região. "É preocupante. Reclamamos oficialmente com o governo. Se a indústria seguir agressiva, vamos ter problemas", revela Nelson Hacklauer. "Seremos prejudicados porque vamos ter que trazer milho de Mato Grosso. Vamos perder os benefícios fiscais, deixaremos de ser competitivos e pensaremos duas vezes antes de aumentar investimentos". Mesmo assim, a cana avança a passos largos.
A matéria, de Mauro Zanatta, foi publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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AGUANIL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 24/08/2008
Queremos que as indústrias continuem se expandindo e tendo a sua devida renumeração, mas também precisamos que a indústria valorize a nossa mercadoria. Mercadoria essa que para produzir, assim como os produtos industrializados, precisa de insumos, técnicos e dedicação, e que sem essas e outros requisitos, poderá ficar de lado, redunzindo sua produção e causando déficit ao PIB brasileiro. E com uma redução na produção de leite nas bacias leiteiras, a indústria também terá prejuízos.
"Valorizar a matéria prima da indústria é garantir maiores lucros num futuro próximo."
Ricardo Belchior Peixoto

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO
EM 23/08/2008