GO: laticínios querem manter redução de ICMS

Os laticínios goianos querem que o governo do estado prorrogue a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 7% para 5% sobre a venda do leite, em vigor desde fevereiro de 2006. Metade dos 2% do crédito outorgado, que tem validade até 31 de janeiro de 2008, vai para um fundo destinado à campanha institucional de marketing, o que representa um investimento anual de R$ 7 milhões.

Essa campanha alavancou o consumo em mais de 20% nos últimos 20 meses, passando de 1,2 litro por domicílio para 1,45 litro no geral e para 1,78 litro somente na classe A. Mas com a crise após as denúncias de adulteração do produto, a média de consumo caiu para 1,09. O setor teme uma queda ainda maior, caso o marketing acabe. "Sem o crédito será impossível manter a campanha", argumentou o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindileite), César Helou.

Ele alertou que a queda no consumo significará redução da produção, que responde por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) goiano, e menor arrecadação para o Estado.

Helou lembrou ainda que, de 2006 para 2007, o faturamento nas indústrias cresceu 37% com o aumento das vendas, empresas pequenas se formalizaram e a arrecadação cresceu. "Não é a campanha de uma marca ou empresa, mas do produto, beneficiando toda a cadeia de leite e derivados", valorizou. A campanha conta com a participação de 64 empresas, que respondem por 80% da produção goiana, informou notícia do jornal O Popular/GO.

Para este ano, a expectativa é de um aumento entre 4% e 5% da produção por causa da campanha.