GO: alta do ICMS prejudica o setor

Goiás perdeu 30% do mercado leiteiro de São Paulo, o maior comprador de leite longa vida. O diretor-executivo do Sindileite, Alfredo Luiz Correia, diz que o principal problema enfrentado pelos produtores goianos é a concorrência. Para ele, Goiás perdeu competitividade depois que o governo estadual reduziu de 7% para 5% o crédito outorgado, o que redundou na elevação do ICMS. "O imposto de Goiás saltará de 2% para 7% a partir de janeiro", informa.

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Goiás perdeu 30% do mercado leiteiro de São Paulo, o maior comprador de leite longa vida. O diretor-executivo do Sindileite, Alfredo Luiz Correia, diz que o principal problema enfrentado pelos produtores goianos é a concorrência. Para ele, Goiás perdeu competitividade depois que o governo estadual reduziu de 7% para 5% o crédito outorgado, o que redundou na elevação do ICMS. "O imposto de Goiás saltará de 2% para 7% a partir de janeiro", informa.

Por causa das dificuldades enfrentadas pelo produtor, a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo realizou na manhã de ontem (27), na Assembléia Legislativa, uma audiência pública para debater o alto custo dos insumos agropecuários e a oferta do produto que tem sido desproporcional à demanda.

Números da Federação da Agricultura mostram que, em Goiás, existem mais de 50 mil produtores de leite e a atividade gera aproximadamente 220 mil empregos, diretos e indiretos. Quase 80% dos municípios goianos são movidos economicamente pelo agronegócio.

Goiás é o quarto produtor de leite do País, e o produto corresponde a 10% do PIB do Estado. Para Alfredo Correia, a redução do ICMS é fundamental para que o Estado possa voltar a ser competitivo. "Os Estados de São Paulo e Paraná zeraram o ICMS sobre o leite, recebendo incentivo. Goiás tem que se adequar a essa realidade para competir de igual para igual e colocar um produto de qualidade na mesa do consumidor", defendeu Correia.

As informações são do Jornal Diário da Manhã/GO.
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jose enock castroviejo vilela
JOSE ENOCK CASTROVIEJO VILELA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/09/2008

O governo de Goiás e a FAEG, demonstram a incompetencia e a falta de sensibilidade, em aplicar e aceitar, a tributação do leite em nosso estado, e MG demonstra como se deve valorizar quem produz.
Ailton César Barbosa
AILTON CÉSAR BARBOSA

SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/09/2008

Nos últimos anos, ocorreram mudanças consideráveis no setor de produção de leite no País. Estados como São Paulo, que já ostentou o segundo lugar na produção nacional, viu sua produção despencar e hoje ostenta a quinta posição no ranque nacional. A descida da produção paulista, segundo as lideranças do setor, foram motivadas, entre muitos fatores, pela liquidação dos plantéis que se dirigiam para outros estados, com promessas de produção a custos menores.

Estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais investiam no crescimento da produção, enquanto a produção paulista decrescia. Porém, a falta de planejamento e a tomada de decisões sem embasamento econômico, contábil e administrativo ainda continua sendo a característica primordial dos produtores brasileiros. Diante de tal fato, transferia-se a produção primária para outros estados, mas ficava para tráz a indústria.

Além da produção primária e da indústria, é necessário que se tenha mercado consumidor para absorver tal produção. Com mais de quarenta milhões de brasileiros residindo no estado, São Paulo - terceira unidade administrativa mais populosa da América do Sul, sendo superada apenas pelo própio país e a Colômbia, a frente de todos os outros países sul-americanos - é o maior consumidor e exportador de produtos lácteos do país. Olhando para essa realidade, caberia-nos o seguinte questionamento: vale a pena produzir a custo baixo, mas não ter onde industrializar e consumir a produção?

Foi bom negócio as liquidações paulistas, transferidas para outros estados, para a cadeia láctea como um todo? Para sustentar a cadeia produtiva do leite e derivados é preciso de: terras férteis, água abundante, energia elétrica de qualidade, boas estradas, pessoas trabalhadoras, unidades de pesquisas, assistêcia técnica, fontes financiadoras, indústrias, consumidores e canais de exportação; será que o estado de São Paulo não possui estes recursos?

Se os gaúchos são responsáveis por produzir 45% do arroz do país, porquê São Paulo não ser o maior produtor de leite e derivados? Para que os outros estados, sejam responsáveis pela produção nacional de leite com viabilidade e rentabilidade econômica, pelo menos vinte e cinco milhões de brasileiros paulistas teriam que migrar em curto espaço de tempo para seus territórios, algo histórico que, acredito eu, não irá acontecer nos próximos quinhentos e oito anos.

Ao invés de ficar com briguinhas fiscais entre estados, os produtores paulistas precisam mais que nunca honrar o nosso lema: Pro Brasilia fiant eximia, (Pelo Brasil façam-se grandes coisas).
Octávio Ferreira da Rosa Filho
OCTÁVIO FERREIRA DA ROSA FILHO

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/08/2008

Tamanho é o descaso desse governador atual com o nosso Estado que até a alguns dias atrás estávamos sem secretário da agricultura. Pode?
renato calixto saliba
RENATO CALIXTO SALIBA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/08/2008

É um problema sério ser produtor de leite em nosso país, pois os governantes não sabem a dificuldade que os produtores têm para produzirem leite e não tem noção da quantidade de empregos diretos e indiretos que a cadeia do leite produz e poderia produzir.

Bastaria ter uma politica séria e negociada com os produtores desse nosso país. Precisamos urgente formarmos sindicatos de produtores fortes e unidos, onde deveria ser marcado um dia de protesto em todo o país, onde os produtores ficariam 04 quatro dias sem entregar leite e fazer protestos nas frentes de todas as camaras municipais, estaduais e na camara, senado federal, e quem sabe acordar os politicos desse tão fantastico país chamado Brasil.
Kélcio A. Salgado. Lemos
KÉLCIO A. SALGADO. LEMOS

CÁSSIA - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 28/08/2008

Os produtores goianos ainda podem se considerar felizes frente a realidade dos produtores de leite mineiros. Em Minas Gerais, desde de 16/05/2008 o ICMS do leite mandado para fora do estado é tributado em 12%, sobre uma pauta de R$ 0,98. O resultado disso é que já temos leite abaixo dos R$ 0,50. Como o estado é o maior produtor e não temos consumo nem usinas para o processamento, até o fim do ano, com a entrada da estação chuvosa, vamos acabar afogados no nosso próprio leite, porém a meta de arrecadação do estado permanece inalterada.

Portanto, produtores de leite e demais agropecuaristas do Brasil, num futuro que já não está tão distante na sucessão do governo, o que vem de Minas está nos trazendo grandes problemas, exitem metas de arrecadação sobre os produtores rurais até sobre o uso da água. O licenciamento ambiental é o mais complexo de todo país. Não se consegue protocolar um documento sem antes averbar a reserva legal. Não há arame e madeira suficientes para cercar as áreas de preservação permanente quem dirá a de reserva legal, mas mesmo assim a Polícia Ambiental não para de multar os produtores rurais.
Ivon Correa
IVON CORREA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/08/2008

Isso demonstra mais uma vez o descompromisso do governo goiano para conosco, que geramos empregos e divisas ao Estado. Como poderemos planejar o futuro se estamos sempre à mercê de fatos como este?

O que estão fazendo nossos representantes na Assembléia legislativa? Deputados cuja base é Goianésia, onde estão Vossas Excelências? Havemos que unir esforços, sindicatos, cooperativas e associações para cobrar de nossos representantes uma atuação mais firme. Chega de omissões.
Qual a sua dúvida hoje?