Fundo Laep cria a empresa Integralat

Em junho, a Laep (Latin America Equity Partners) Investments, fundo de investimentos controlador da Parmalat Brasil, criou uma nova empresa, a Integralat, que pretende criar e integrar uma base de produtores de leite de alta produtividade em todo o país.

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Em junho, a Laep (Latin America Equity Partners) Investments, fundo de investimentos controlador da Parmalat Brasil, criou uma nova empresa, a Integralat, que pretende criar e integrar uma base de produtores de leite de alta produtividade em todo o país.

A criação da empresa faz parte de um plano de expansão do Laep, que acaba de pedir autorização à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para abertura de capital e captação de recursos. Além disso, a companhia comprou 52,3% da empresa de embriões InVitro e a fazenda de desenvolvimento genético Integralat Agro.

A empresa possui 12 centrais de produção no país, das quais 7 são próprias, e constituiu a Integralat para garantir a qualidade, a rastreabilidade do leite e a melhoria na produtividade. A empresa pretende investir numa primeira fase R$ 70 milhões na criação de rebanhos e, com a melhor produtividade.

A intenção é alcançar, com o gado leiteiro, a mesma profissionalização que Sadia e Perdigão fizeram com o mercado de aves, e o Bertin e outros criadores de gado de corte conseguiram em suas áreas. As informações são de Cristiane Barbieri para o jornal Folha de S. Paulo.

Segundo notícia do jornal Valor Econômico, a Integralat fornecerá as vacas, alimento para os animais e dará assistência técnica, além de garantir a compra do leite. Já o pecuarista cuidará da produção e terá de investir em equipamentos, como ordenha e tanque de resfriamento para o leite.

De acordo com Marcus Elias, presidente do conselho do Laep, a meta é fornecer, num prazo de cinco anos, 200 mil vacas para produtores nas regiões em que a empresa atua, principalmente para aqueles com baixo rendimento. Hoje a empresa dispõe de cinco a seis mil animais.
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ANA LUCIA HANISCH
ANA LUCIA HANISCH

CANOINHAS - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 03/09/2007

Como é visto há decadas no meio rural, a regra número 1 das integradoras é a especialização dos produtores e a consequente redução do número de "empregados/integrados". Isso acarreta inevitavelmente na redução drástica do número de famílias envolvidas com a atividade e mais uma vez, a consequência é o êxodo rural! Isso ocorreu muito forte com a produção de suínos. É isso que queremos para a cadeia do leite?

O leite representa hoje uma das principais fontes de renda para a Agricultura Familiar do Brasil, em especial do Sul do país. Envolve diretamente mais de um milhão e meio de famílias e está presente em praticamente todos os municípios.

Além disso, não podemos esquecer que a produção de leite é realizada pela Agricultura Familiar. Nas grandes fazendas produtoras de leite é sabido por todos que a renda não vem da produção de leite, que devido aos altos custos de produção e dificuldades trabalhistas não se paga. A renda vem da venda de matrizes e outras rendas.

Portanto, pensar na cadeia leite, significa pensar na produção familiar, não menos especializada, mas familiar. Da família que levanta cedo todos os dias, de segunda a segunda para tirar o leite.

O leite, diferente do suíno que fica três a quatro meses na propriedade ou do frango, que fica alguns dias, tem a vaca que passa por um processo de convivência de anos.

Não consigo imaginar famílias de produtores se sentindo motivados a trabalharem anos a fio por animais que não são seus, comprando tudo que as empresas mandam (como é o caso da suinocultura), fazendo dívidas enormes e sendo empregados de uma multinacional que já apresentou sérios sintomas de problemas de administração no passado. O preço do litro de leite teria que ser realmente, muito bom e estável.

O governo, as empresas de ATER e a sociedade precisam se mobilizar neste caso, porque o fato de uma empresa estar tomando uma iniciativa como essa, que com certeza irá afetar a cadeia leite, precisa ser melhor avaliado. A Parmalat já criou muita confusão e irresponsabilidades no meio rural. Está na hora de pensar melhor suas ações e especialmente, está na hora de todos nós, que atuamos na cadeia leite, agirmos a tempo de evitar graves danos à essa cadeia em um futuro bem próximo.
Antônio Renê Braz da Silva.
ANTÔNIO RENÊ BRAZ DA SILVA.

FORTALEZA - CEARÁ - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 31/08/2007

O meu desejo é que essa inicitiva seja implantada no estado do Ceará, porque é um meio de fomentar a produção leiteira, já que falta uma política por parte do Governo voltada para o desenvolvimento regional. Quando os produtores procuram a linha de financiamento é uma burocracia enorme, o homem do campo é desassistido pela nossa política.

Há algum tempo atrás, esse sistema existiu por uma empresa cearense, Betânia, de Luis Girão. Eu desejo que seja implantado no Ceará porque faria parte desse sistema.
josé carlos sereia
JOSÉ CARLOS SEREIA

NOVA TEBAS - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/08/2007

Na minha região surgiu uma tal integração na suinocultura e o que se viu foi produtores virarem da noite para o dia empregados, e o que ainda é pior, acumularem dívidas impagáveis e simplesmente perderem quase tudo o que possuiam.

A empresa simplesmente virou as costas e o que fez foi cobrar os produtores judicialmente a pagar seus débitos junto a mesma. Débitos estes de alimentação e insumos em geral, sem contar o grande "elefante branco" (construção) que ficou na propriedade para que a todo o momento o produtor se lembre do seu fracasso.

Por isso, meus amigos, e por outras que quando uma empresa vem com essa magnitude atacar um setor acontece uma desestabilização seja dos produtores que já estão quanto os que vão entrar na atividade .
Paulo Marcos Ribeiro da Veiga
PAULO MARCOS RIBEIRO DA VEIGA

PASSOS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/08/2007

Conheço alguns produtores que são integrados de uma empresa de aves, a Da Granja, em Passos, e todos eles se queixam do modelo de integração, os quais ficam praticamente empregados da Da Granja.

Será que este modelo será bom para pecuária de leite ?
Moacy Guilherme Botelho Coelho
MOACY GUILHERME BOTELHO COELHO

PINHEIROS - ESPÍRITO SANTO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 30/08/2007

Quero parabenizar ao pessoal pela iniciativa, pois precisamos de alguma forma profissionalizar com acompanhamento técnico este segmento tão útil para a humanidade.
Laerte Pereira
LAERTE PEREIRA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 30/08/2007

Se a nova empresa Integralat se implantar nas regiões já densamente produtoras de leite, como sul de Minas, sul de Goiás ou Castro, no Paraná, será chover no molhado. Provavelmente vai é, de início, desorganizar a produção.

Bom seria se a Integralat se instalasse em regiões pouco produtoras, como quando a Perdigão se instalou em Rio Verde, em Goiás. Lá, a Perdigão, depois a Sadia, criaram um novo nicho, uma nova riqueza, trouxe desenvolvimento para a região.

Minha esperança é alguma grande empresa se interessar pelo nordeste goiano...
Qual a sua dúvida hoje?