Fraude retrai vendas em pelo menos 11 estados

A adulteração do leite descoberta em Minas Gerais reduziu as vendas de longa vida em pelo menos 11 estados. Associações supermercadistas do Acre, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins estimam queda de 10% a 60% nas vendas do leite UHT.

Segundo as associações, o consumidor está substituindo o leite UHT pelo produto em pó ou de saquinho e por sucos e refrigerantes. Também está optando por marcas locais. Reportagem da Folha de S.Paulo informou que a ASPB (Associação de Supermercados da Paraíba) foi a que identificou maior migração de consumo, com queda de 60% nas vendas de longa vida.

Na Bahia, a associação local estima que os cerca de 4 mil supermercados tenham perdido 33% nas vendas de leite, com prejuízo de R$ 5 milhões em outubro. Em Santa Catarina, houve queda de 20%, em média, e o consumidor catarinense passou a valorizar as marcas locais, que cresceram até 10%.

No Acre, as vendas do leite Parmalat caíram em torno de 20%. No Tocantins, a redução é de 15%. A marca Manacá, reprovada pelo Procon de Goiás, teve redução de 70%. Em Mato Grosso, representantes de supermercadistas estimam em 30% a queda da venda do leite Parmalat e em 15% a dos demais.

Segundo a Aspas (Associação Paraense de Supermercados), as marcas regionais sofreram pouca diminuição na venda, mas a Parmalat caiu cerca de 50%. Em Sergipe e no Maranhão, houve queda de 10%. No Espírito Santo, redução de 15%. A associação pernambucana também notou queda, mas não estimou percentual. No Rio Grande do Sul e no Paraná, representantes do setor afirmaram que não houve queda, visto que os consumidores compram leite de marcas locais.