Fraude: impactos no setor dividem opiniões

Durante a audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Associação Brasileira do Leite Longa Vida (ABLV) discordaram sobre o impacto causado no setor pela operação da Polícia Federal que detectou adulteração do produto com água oxigenada e soda cáustica em Minas Gerais.

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Durante a audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Associação Brasileira do Leite Longa Vida (ABLV) discordaram sobre o impacto causado no setor pela operação da Polícia Federal que detectou adulteração do produto com água oxigenada e soda cáustica em Minas Gerais.

De acordo com o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Marcelo Martins, ao contrário do que se poderia esperar, não houve prejuízo. Ele afirmou que em 2007 o preço do leite aumentou 30% em relação ao ano anterior em todas as regiões do país. "Se compararmos com o valor real, o aumento pode chegar a 50%", destacou, lembrando que as exportações e o consumo também cresceram.

Não é o que pensa o presidente da ABLV, Wellington de Oliveira Braga. Para ele a produção caiu 5% após a investigação e houve redução de preço. "O litro do leite, que custava R$ 1,80, chegou a ser vendido por R$ 0,98", lembrou.

O assessor da CNA ressaltou ainda a importância do combate às fraudes. De acordo com Martins, em dois anos o país terá um excedente de 2 bilhões de litros de leite para se comercializado ou exportado e para isso será imprescindível ter produto de qualidade. As informações são da Agência Câmara.
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Richard James Walter Robertson
RICHARD JAMES WALTER ROBERTSON

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL

EM 25/04/2008

Na época, ouvi comentários em minha região (Rio Verde - MS), onde muitos produtores temiam queda de preços, após a constatação das fraudes. Felizmente, minhas expectativas otimistas se cumpriram e, graças ao combate ao produto fraudado, houve um ajuste na quantidade de "leite de verdade". Ganhamos nós produtores e, principalmente, o consumidor, que vai pagar pelo bom produto que merece.

Não é possível que a dona de casa urbana não entenda a manobra da indústria de leite Longa Vida, que vende uma embalagem mais cara que a do leite pasteurizado e, muitas vezes, faz promoções onde o "barriga mole" - teoricamente melhor (digo isso devido a algumas fraudes também existentes no mesmo) - acaba sendo prejudicado.

A solução está na velha fórmula: Informação correta aos consumidores e marketing, muito marketing. Sem a união e empenho "fora da porteira", fica difícil o reconhecimento do devido valor de nosso nobre produto.
Qual a sua dúvida hoje?