França: produtores fazem novos protestos

As organizações agrárias francesas começaram novas medidas de protesto pelos baixos preços do leite, que incluem bloqueios da recepção em algumas indústrias de lácteos. Estas ações estão relacionadas com uma possível nova rodada de negociações sobre preços entre organizações de produtores e indústrias lácteas, que poderiam se desenvolver com a atuação de um mediador designado pelo Ministério da Agricultura.

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As organizações agrárias francesas começaram novas medidas de protesto pelos baixos preços do leite, que incluem bloqueios da recepção em algumas indústrias de lácteos. Estas ações estão relacionadas com uma possível nova rodada de negociações sobre preços entre organizações de produtores e indústrias lácteas, que poderiam se desenvolver com a atuação de um mediador designado pelo Ministério da Agricultura.

Os bloqueios das indústrias estão sendo feitos pela Federação de Produtores de Leite (FNPL) da França. No entanto, o sindicato agrário, Coordination Rurale (CR), propôs uma medida mais radical, que consistiria em uma denominada "greve láctea", em que os pecuaristas destruiriam sua produção de leite. Uma medida deste tipo foi realizada na primavera passada na Alemanha com certo êxito.

A situação de preços do setor de lácteos da França começou a piorar após o anúncio das indústrias depois do verão de baixar os preços no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009. Desde então, o setor de produção tem tentado negociar preços com a indústria sob pressão de medidas de ação, até agora sem êxito.

O sistema de indexação de preços e variação de preços recomendada que existia na França até o começo do ano foi eliminado por uma decisão das autoridades de defesa de competição.

A reportagem é do Le Post, publicada no site Agrodigital, adaptada pela Equipe MilkPoint.
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Diogo Augusto Cleto Souto
DIOGO AUGUSTO CLETO SOUTO

PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/12/2008

Na verdade, o que mais falta é uma união dos produtores de leite, para a tomada de decisões, sejam elas mais radicais ou não, mas que devem ser tomadas, pois os prejudicados nesses casos são sempre os produtores! Sempre quem acaba pagando a conta! Enquanto as grandes empresas e multinacionais, sempre têm a sua margem de lucro e não estão nem ai com a classe produtiva, o varejo também pode o leite estar barato ou caro trabalham sempre com margens vantajosas!

Esse é o verdadeiro problema, apesar de tudo sempre sobra para o produtor. Onde estão os políticos que em época de campanha apóiam o setor? Está na hora dos produtores brasileiros reverem seus conceitos, e se necessário tomar medidas drásticas! Nem que seja o caso de parar com sua produção, pois quem sabe dessa maneira se comece a dar mais valor no produtor!
L. Aguiar
L. AGUIAR

ARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/11/2008

Deixar de fornecer leite para a indústria é uma medida radical, muito difícil de ser levada adiante. Já foi tentada no Brasil nos fins da década de oitenta, sem êxito algum. O que é necessário são ações políticas de pressão para se regular o mercado, repartindo com mais justiça os lucros da atividade. Mas me parecem medidas de difícil êxito, pois o problema de renumeração ao produtor existe em todos os países, socialista ou não. São socialistas, em suas ações de governo com atos que os ajudam a se elegerem,
e capitalistas selvagens quando se trata de trazer lucros para os bancos e indústrias multinacionais, que muitas vezes são grandes financiadoras de suas campanhas eleitorais.
Qual a sua dúvida hoje?