Fonterra tem previsões otimistas para mercado mundial

A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra disse que suas atuais previsões são as mais otimistas que a indústria já teve, de acordo com reportagem de Pámela Graham para o site <i>Stuff.co.nz</i>. A demanda global por produtos lácteos deverá aumentar em 2,7% por ano nos próximos 10 anos. Nos últimos 10 anos, o crescimento foi de pouco mais de 2%.

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A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra disse que suas atuais previsões são as mais otimistas que a indústria já teve, de acordo com reportagem de Pámela Graham para o site Stuff.co.nz. A demanda global por produtos lácteos deverá aumentar em 2,7% por ano nos próximos 10 anos. Nos últimos 10 anos, o crescimento foi de pouco mais de 2%.

Seriam necessárias 10 indústrias de lácteos que produzem o que atualmente a Nova Zelândia produz para suprir esta demanda. Os consumidores preocupados com a saúde, que vêem os produtos lácteos como naturais, e os maiores rendimentos de países como a China são duas tendências que direcionam o consumo. Um terço do crescimento no consumo de lácteos deverá ocorrer na China.

A oferta global deverá crescer 2% ao ano, de forma que a demanda deverá ultrapassar a oferta. Quando a Fonterra foi formada, a Europa era o principal fornecedor de produtos lácteos do mundo, disse o diretor executivo da empresa, Andrew Ferrier. Agora, a Oceania é o maior fornecedor e, com a seca da Austrália, a Nova Zelândia tem maior destaque.

"Estamos vendo a Nova Zelândia se tornando cada vez mais um player dominante, mas também estamos vendo um crescimento nos mercados mundiais bem maior do que a Nova Zelândia pode suprir".

No entanto, existem tendências dentro deste grande cenário que ameaçam a posição da indústria de lácteos neozelandesa em longo prazo. Uma delas é que a demanda por leite fluido está ultrapassando a demanda por produtos em pó que tradicionalmente a Nova Zelândia exporta em alguns mercados, e outra é que os fornecedores locais na China estão surgindo inesperadamente para suprir a demanda local. Novos fornecedores também estão emergindo em países que não são tradicionalmente importantes players na indústria de lácteos.

Ferrier disse que a maior ameaça ao leite em pó neozelandês não são os produtos não lácteos, mas sim, os produtos frescos e o leite fluido. A Fonterra previu um crescimento no consumo de leite fluido na China de 22% por ano nos próximos 10 anos, e no de iogurtes de 31%.

Apesar da previsão de crescimento de 2,7% ao ano na demanda global, a parte do mercado internacional que a Nova Zelândia tradicionalmente domina crescerá somente 1,2% ao ano.

Outra ameaça é que os maiores custos da terra na Nova Zelândia implicam em maiores custos dos produtores, o que prejudica a tradicional posição da Nova Zelândia de produtor de baixo custo.

Ferrier disse que isso não é motivo para pânico e que a estratégia da Fonterra não mudou desde que foi formada. Sua principal prioridade é manter a posição da Nova Zelândia na indústria global. Porém, a empresa também está fornecendo leite a outros países para construir relações com os clientes, usando sua rede de fornecimento para desenvolver novos negócios e construir marcas de produtos em pó e seus negócios de ingredientes.
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