A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra anunciou uma proposta de manter sua cooperativa de produtores mas transferir todos os seus ativos, passivos e operações a uma segunda companhia. As ações da segunda companhia seriam então registradas na bolsa de valores com 65% mantido nas mãos da cooperativa original, 15% inicialmente nas mãos dos produtores e 20% oferecidos ao público. A posse de ações fora da cooperativa teria um teto de 10% e a parte da cooperativa na companhia registrada não poderia cair para menos de 50%.
A companhia quer mudar sua estrutura para permitir o investimento de capitais, dando a ela o dinheiro necessário para expandir o negócio globalmente. Os produtores terão até maio do próximo ano para votar sobre a formação de uma segunda companhia, dividindo a Fonterra em uma cooperativa fornecedora de leite e uma companhia subsidiária, e introduzindo um mecanismo mais transparente de fixação de preços.
A Fonterra dará aos produtores mais dois anos para decidir se registram as ações da companhia na bolsa de valores, com o primeiro ponto de listagem sendo em 2010. Todos os votos precisam ser aprovados por 75% ou mais dos produtores. Este anúncio é o início de um programa de consulta de dois anos com seus 11 mil produtores acionistas sobre sua opção preferida para reestruturar sua base de capital e operações.
A Fonterra quer mudar sua estrutura de capital por causa das agudas pressões em sua atual estrutura - risco de resgate, opções de investimentos para os produtores e para fornecer uma base segura e de expansão de capital para implementar sua estratégia de crescimento.
A Fonterra disse que a opção preferida era apenas uma das seis consideradas por sua diretoria que atingiria todas as três metas. Esta opção mantém um negócio integrado que a companhia vê como integral para a implementação de sua estratégia de crescimento. Outras opções consideradas pela diretoria da Fonterra envolveram a divisão do negócio ou a combinação de partes da empresa em uma entidade com ações listadas na bolsa.
Os produtores de leite estão saudando a proposta para abrir o controle acionário da Fonterra para pessoas de fora com uma mente aberta após mais de 100 anos de posse cooperativa da indústria. Os maiores grupos de produtores, Federated Farmers e Fonterra Shareholders's Council, serão influentes, mas não formaram posições ainda.
O principal partido de oposição conservadora, National Party, que lidera as pesquisas de opinião na Nova Zelândia e pode ganhar força nas eleições gerais no próximo ano, deverá apoiar a proposta; já o partido nacionalista New Zealand First promete uma guerra parlamentar, classificando a proposta como um "desastre aos produtores e para a nossa economia como um todo".
A companhia de investimentos neozelandesa formada para criar uma disputa nas ações da Fonterra, Dairy Equity Limited (DEL), disse que apóia o processo de reestruturação da Fonterra, mas alertou que a listagem das ações na bolsa não tem uma previsão de curto prazo e que existem muitos obstáculos a serem superados. Os acionistas da DEL terão a oportunidade de votar o futuro da DEL em sua reunião anual em 11 de dezembro, considerando a proposta de reestruturação da Fonterra.
A reportagem é do FreshLogic, publicado no DairyGlobe.
Fonterra anuncia proposta de reestruturação
A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra anunciou uma proposta de manter sua cooperativa de produtores mas transferir todos os seus ativos, passivos e operações a uma segunda companhia. As ações da segunda companhia seriam então registradas na bolsa de valores com 65% mantido nas mãos da cooperativa original, 15% inicialmente nas mãos dos produtores e 20% oferecidos ao público.
Publicado por: MilkPoint
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