Inovagro: fim dos recursos para modernização do setor de carnes e leite preocupa

É motivo de preocupação o esgotamento de dinheiro para a linha Inovagro com juro prefixado, de até 7%, apenas quatro meses depois da vigência do Plano Safra 2019/2020. Os financiamentos em questão servem para infraestrutura e modernização das propriedades onde são criados suínos, aves e gado de leite. O montante anunciado foi de R$ 1,5 bilhão. Mas uma circular emitida pelo BNDES no final de outubro anuncia a suspensão do crédito "em razão do comprometimento total de recursos". A notícia vem justamente no momento em que o Brasil recebe demanda extra por proteína animal, sobretudo da China, onde surto de peste suína africana comprometeu o rebanho local.

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"Isso fere não só a nossa capacidade, mas a velocidade de expansão do setor e a captura das oportunidades do mercado internacional", avalia Ricardo Marozzin, diretor de negócios da AGCO Grão e Proteína, dona das marcas GSI e Agromarau. 

Melhorias em aviários e galpões para suínos e projetos voltados à produção de leite estão entre as aplicações da linha, voltada ao pequeno e ao médio produtor. São medidas cujo objetivo é resultar na melhor qualidade possível da produção. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) já iniciou diálogo com o Ministério da Agricultura para tratar do assunto. 

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"A linha foi uma conquista muito grande. Serve para inovar, melhorar as condições. E é indispensável, porque na hora em que há expansão do setor, tem de haver recursos", afirma Francisco Turra, presidente da ABPA, que conversou com a ministra Tereza Cristina.

Essa não é a primeira vez que o montante disponibilizado para esse tipo de financiamento acaba antes do fim do Plano Safra, que vigora de julho de um ano até junho do seguinte. Em fevereiro, quando estava em vigor o ciclo 2018/2019, os financiamentos também se esgotaram.

"O produtor está preocupado porque não sabe se terá ou não novos recursos do Plano Safra e quando terá. Precisará haver suplementação e fomento adequado para expansão da produção de aves e suínos no Rio Grande do Sul e no restante do Brasil", reforça Marozzin.

As informações são do Zero Hora.