Fertilizantes: empresas anunciam lucros milionários
Os preços dos fertilizantes que subiram a ponto de ameaçar a viabilidade da produção agrícola de grãos estão contribuindo para inchar os lucros da maioria das empresas do setor. A Bunge Ltd., a maior processadora mundial de oleaginosas, disse que seu lucro quadruplicou no segundo trimestre deste ano, num momento em que os preços recorde dos produtos agrícolas elevaram a demanda por fertilizantes para lavouras e manejo de grãos.
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A Bunge Ltd., a maior processadora mundial de oleaginosas, disse que seu lucro quadruplicou no segundo trimestre deste ano, num momento em que os preços recorde dos produtos agrícolas elevaram a demanda por fertilizantes para lavouras e manejo de grãos. O lucro líquido aumentou para US$ 751 milhões, ou US$ 5,45 por ação, a partir dos US$ 168 milhões, ou US$ 1,30 por ação, do mesmo período de 2007, disse a empresa, sediada em White Plains, Nova York. As vendas avançaram 73%, para US$ 14,4 bilhões. Atualmente a empresa prevê que seu lucro para o ano como um todo ficará entre US$ 11,60 e US$ 11,90 por ação, em relação à previsão anterior de US$ 9,35 a US$ 9,65 por ação, disse no comunicado Jacqualyn Fouse, diretora financeira da empresa.
Outro resultado positivo foi anunciado ontem (24) pela Potash Corp. of Saskatchewan Inc., a maior fabricante mundial de fertilizantes por valor de mercado. Segundo a empresa, seus lucros do segundo trimestre mais que triplicaram, para um valor recorde, uma vez que a expansão da demanda mundial por produtos agrícolas elevou os preços dos fertilizantes. O lucro líquido aumentou para US$ 905,1 milhões, ou US$ 2,82 por ação, em relação aos US$ 285,7 milhões, ou US$ 0,88 por ação, do mesmo período do ano passado, disse a Potash, sediada na província canadense de Saskatchewan. As vendas de potassa, de fosfatos e de fertilizantes nitrogenados pela empresa dispararam 94%, para US$ 2,62 bilhões. A empresa prevê um lucro de US$ 3,25 a US$ 3,75 por ação para o trimestre atual e de US$ 12 a US$ 13 por ação para o ano como um todo. A média das estimativas dos analistas captadas por sondagem da Bloomberg foi de US$ 3,31 no terceiro trimestre e de US$ 11,71 por ação em 2008.
O impacto no custo das lavouras também levou o governo a se mobilizar para estimular a produção doméstica de fertilizantes. Espera, com isso, reduzir a dependência brasileira da produção dos principais fornecedores de matérias-primas essenciais à produção dos adubos necessários para garantir a produtividade da produção nacional. Entre os convocados para participar desse esforço estão a Petrobras e a Cia. Vale do Rio Doce.
As informações são da Bloomberg News publicadas pelo jornal Gazeta Mercantil.
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OLARIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 29/07/2008
Em um momento como este, enquanto os agricultores amargam prejuízos, as multinacionais contabilizam os lucros!

PARACATU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 29/07/2008
Nem me lembro quantos ml tem uma lata de cerveja, acho que são 355, não dá nem meio litro....
Paga também R$1,50 por meio litro de água mineral....
O produtor precisa vender mais de 2 litros de leite para comprar meio litro de água, 3 litros de leite para comprar uma lata de cerveja!
Este não é um pais sério....
CAÇU - GOIÁS
EM 29/07/2008
Muito boa a sua colocação. Acrescente aí que o Brasil é o país onde o povo reclama de pagar 2 reais pelo litro de leite, mas nem percebe que paga 2 reais por uma lata de cerveja ou quase isso por uma rodada de aguardente.
Haja paciência para produzir em um país assim.

JUSSARA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 29/07/2008
Agora, não só o Brasil, mas o mundo precisa de alimentos, e o Brasil, de longe é o país que mais tem condições de aumentar a produção, ou melhor teria se tivesse investimentos.
Quanto a história dos fertilizantes, é só mais uma nessa trágica administração agrícola brasileira. Assim como nunca foi novidade a falta de alimentos, da mesma forma são os fertilizantes, a logística, os portos, o crédito, o seguro, etc. E nosso ministro vem dizer que pretende investir na pesquisa das jazidas de potássio e fósforo. Amigos, país como o Brasil, a essa altura do campeonato, dizer que vai investir em pesquisa? Ora faça meu favor, antes tivesse ficado calado.
Pior, nada vai adiantar! A exemplo da mineração, nas privatizações foram cedidas as jazidas também, direito de exploração, etc., ou seja, entregaram o Brasil de bandeja aos gringos, agora não podemos simplesmente explorar o que é nosso, temos de pedir bênsão aos gringos. Nesse ponto, admiro o Evo Morales: "a empresa é sua, mas o gás é meu, quer explorar tem de pagar". Isso é ser estadista, defender seu povo.
Quer outro exemplo? O petróleo, já somos autossuficientes e o que isso mudou? Ainda temos os combustíveis fósseis mais caros do mundo.
Não se iludam.

PARACATU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 26/07/2008
As grandes misturadoras que compraram a Fosfertil e formaram o cartel, hoje atuam no mercado como se fossem concorrentes, mas na realidade é um monopólio; mantem os nomes originais mas quase todas, se não todas, pertencem a Bunge que praticamente esta sozinha e dita os preços e por isto tem lucros milionários.
O mesmo está acontecendo com o mercado de sementes: a maioria das produtoras de sementes de milho e soja que atuam no mercado pertencem a uma só empresa, embora mantenham seus nomes originais como se fossem concorrentes.
E na época em que isto começou a acontecer, duas grandes marcas de cerveja estavam se associando e todos, inclusive o CADE, ficaram preocupados com o monopólio da cerveja. O mesmo aconteceu com os chocolates na compra da Garoto pela Netle.
No caso de fertilizantes e sementes eu fiquei falando sozinho.
Cerveja e chocolate são supérfluos, você compra quando quer.
Sementes e fertilizantes são a base do alimento; estes são essenciais, você é obrigado a comprar.
Isto é Brasil, onde a cerveja e o chocolate são mais importantes.

SÃO FRANCISCO DE PAULA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 25/07/2008
Em um raro momento em que a balança pende para o lado do produtor, a falta de alternativas para produzir independentemente dos grandes monopólios de insmos anula completamente as vantagens do produtor.
A busca de alternativas tecnológicas é uma necessidade para promover a viabilidade da pecuária.