ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Fazendas leiteiras x custos: mudanças estruturais no rebanho leiteiro aceleram nos EUA

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 08/04/2016

3 MIN DE LEITURA

3
0
Mudanças estruturais nos níveis das fazendas leiteiras dos Estados Unidos reduziram os custos médios de produção e contribuíram para uma expansão das exportações de produtos lácteos, de acordo com um estudo recente do Serviço de Pesquisas Econômicas (ERS, sigla em inglês) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) chamado “Changing Structure, Financial Risk, and Government Policy for the U.S. Dairy Industry”.

O estudo nota que a maior exposição internacional cria uma nova fonte de risco de preços aos produtores dos Estados Unidos e que a política leiteira foi reprojetada para resolver os riscos de preços e as mudanças estruturais. Existem muitas inferências que podem ser obtidas desse relatório. Com relação à mudança na estrutura das fazendas, o ERS é dependente dos dados coletados no Censo de Agricultura do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (NASS), que é completado a cada cinco anos. Os últimos dados são de 2012.

Não é novidade que as fazendas leiteiras americanas continuam ficando maiores, mas a magnitude do crescimento pode ser surpreendente. O número médio de vacas leiteiras por fazenda quase triplicou de 1987 a 2012, de 50 vacas para 144 vacas. Entretanto, a história real vai além dos números. Durante esse período de 25 anos, a única categoria de fazenda por tamanho que aumentou em número de vacas e em produção foi a das fazendas com 500 vacas ou mais.



Os dados mostram que, em 1992, havia 135.000 fazendas leiteiras com menos de 100 vacas e essas fazendas tinham quase metade do rebanho leiteiro dos Estados Unidos de 9,7 milhões de vacas. Ao mesmo tempo, menos de 1.700 operações tinham mais de 500 vacas e eram responsáveis por menos de 18% do rebanho leiteiro dos Estados Unidos. Vinte anos depois, em 2012, o número de operações leiteiras com menos de 100 vacas era de pouco menos de 50.000 e essas fazendas menores tinham menos de 18% do rebanho dos Estados Unidos de 9,2 milhões de vacas. Em contraste, o número de operações com mais de 500 vacas dobrou para 3.344 fazendas e agora as mesmas são responsáveis por 60% do rebanho leiteiro nacional. De fato, em 2012, quase metade do rebanho leiteiro dos Estados Unidos estava em operações leiteiras com mais de 1.000 vacas, mais que os apenas 10% em 1992.


Operações leiteiras de maior escala, historicamente localizadas no oeste, disseminaram-se nos Estados Unidos. Em 1992, as fazendas leiteiras com menos de 100 vacas foram responsáveis pela maioria das vacas leiteiras do nordeste, leste do Cinturão do Milho e parte superior do Meio-Oeste. Em contraste, as fazendas leiteiras com mais de 500 vacas tinham a maioria das vacas leiteiras no sudoeste e no oeste. Vinte anos mais tarde, quase um terço das vacas leiteiras nas tradicionais regiões produtoras de leite está em rebanhos com mais de 500 vacas. E a participação do rebanho leiteiro nas operações com mais de 500 cabeças no sudoeste e no oeste expandiu-se de forma significativa, de 46% e de 59% para 91%, respectivamente, entre 1992 e 2012.


O USDA destaca que os menores custos de produção são um importante direcionador de mudanças estruturais. O USDA estima que o custo médio total dos Estados Unidos para a produção de leite é de US$ 40,08 por 100 quilos. Entretanto, os custos caem drasticamente à medida que o tamanho do rebanho aumenta, de US$ 86,22 para rebanhos com menos de 50 vacas para US$ 30,42 para rebanhos com mais de 2.000 vacas.

O USDA nota que as operações com 2.000 vacas tiveram custos que foram 16% menores comparado com rebanhos com 1.000 a 1.999 cabeças e 24% menos do que rebanhos com 500-999 cabeças. As diferenças de custos dentro das categorias de rebanho de maior tamanho ilustram os incentivos para grandes operações se tornarem ainda maiores.

Clique aqui
para ter acesso ao estudo original (em inglês).

As informações são do Daily Dairy Report, com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), traduzidas pela Equipe MilkPoint.
 

3

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

JEFERSON LYDIJUSSE

MANAUS - AMAZONAS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 12/04/2016

Isso é uma tendência importante de considerar. Nas regiões brasileiras sudeste e centro-oeste enxergo muita possibilidade de acompanharem essa tendência. Mas esse  Brasil,  feito de muitos brasis em região como a sul, e outras micro regiões, não acredito que ocorra da mesma forma. O interessante seria identificar quais itens tem maior impacto com o ganho de escala. Daí verificarmos em que arranjos manter outras escalas competitivas.
PAULO CÉSAR SANTOS OLIVEIRA

MIRADOURO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/04/2016

Creio que se realizarem um estudo semelhante no Brasil, provavelmente a situação caminhe no mesmo sentido. Crescimento planejado pode ajudar na redução dos custos fixos e melhor a rentabilidade.
FERNANDO FERREIRA PINHEIRO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 11/04/2016

Não podemos tomar como verdade todas as tendências americanas, mas é evidente que no agronegócio do leite a escala de produção se torna cada vez mais importante. E essa tendência não pode ser creditada somente aos americanos, pois há 20 anos pesquisadores brasileiros como o pro, Sebastião Teixeira Gomes já apontavam para a importância da escala em um negócio que é realizado em centavos por litro.



E estar atento as mudanças no mercado são importantes para se manter competitivos.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures