Famasul: queda de preço do leite no MS é especulação

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Ademar Silva Junior, a seca, somada à demanda mundial por leite e o aumento do custo de produção são as explicações para que o valor não sofra nenhuma retração em Mato Grosso do Sul. Para ele, uma redução do preço do leite in natura é um contra-senso, já que se há falta de leite no mercado não há como o valor do produto cair.

Silva se refere à declaração do presidente do sindicato que reúne as indústrias de laticínios do estado, Edgar Rodrigues Pereira (publicada ontem no jornal Campo Grande News), de que a redução de preços aos produtores pode chegar a 20%. Ele diz também que as indústrias estão trabalhando com 35% da capacidade e que, embora seja época de entressafra, os produtos lácteos enfrentam reduções de preço de até 40%, o que motiva a queda no valor pago ao produtor.

Hoje, o preço médio do litro pago ao produtor é R$ 0,61, mas algumas informações que chegaram à Famasul indicam que no dia 20 de outubro as indústrias reduzirão o valor em torno de R$ 0,10 a R$ 0,15. "Não podemos aceitar. Nosso custo de produção já está muito alto e esse período não é de retração nos preços", reclamou o presidente.

A assessora de economia da Famasul, Adriana Mascarenhas, explicou que no Sul do país houve um aumento na oferta do leite in natura e por essa razão o preço teve uma ligeira queda. "Mas no Mato Grosso do Sul isso não aconteceu. A estiagem continua e o preço do leite não deve cair", comparou.

As informações são da assessoria de imprensa da Famasul.