FAESC: Reivindicações são parcialmente atendidas

As medidas complementares ao pacote agrícola de maio, anunciadas pela comissão especial formada pelo governo, Congresso e representante dos produtores, não agradaram a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). "O governo ignorou todas as dificuldades que a seca causou à agricultura", reclama o vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri.

Barbieri está particularmente preocupado com as cooperativas de crédito e de produção agropecuária que precisam de agilidade para acessar esses recursos, pois a maior parte delas comprometeu capital próprio para financiar os produtores. A linha de capital de giro (giro cooperativo comercial) ficou com prazo de 24 meses e redução dos juros de 8% para 7%, acrescido da TJLP (até 6% para risco A e B, e até 7% para risco C e D). O limite passou de R$ 5 milhões para R$ 10 milhões, por cooperativa, e de R$ 15 milhões para R$ 20 milhões, para cooperativa central. E o percentual de cooperados considerados como mini e pequenos produtores foi reduzido de 70% para 60%, o que permite o enquadramento de um maior número de cooperativas no programa.

Em relação às prorrogações, Barbieri assinala que as reivindicações foram parcialmente atendidas. A prorrogação de crédito de custeio pecuários em 2005/06, por exemplo, que incluem leite, carne, suínos e aves, foram incluídos com limite de 20% para produtores individuais ou integrados em cooperativas.

A Faesc propõe a inclusão da pecuária bovina de corte, pecuária de leite, a avicultura e a suinocultura como atividades econômicas em crise, estabelecendo o percentual de 80% para prorrogação automática das operações de custeio e prorrogar os investimentos. No caso da pecuária de leite tornam-se necessárias medidas emergenciais de apoio à comercialização para regularizar a oferta.

Fonte: MB Comunicação