Aguardando a chegada dos US$ 100 milhões em investimentos de empresas como Cemil, CCGL e Cosulati, os fabricantes de equipamentos para laticínios, como Globo Inox, Niro e Biasinox, buscam oportunidades no exterior e na indústria química e de celulose para continuar produzindo.
Para fugir da estagnação, a gaúcha Globo Inox fechou em setembro uma parceria com a espanhola Fibosa para se tornar plataforma de produção da empresa na América Latina. Maior fabricante de capital nacional e uma das três principais no Brasil, a Globo irá fabricar parte dos equipamentos negociados pela Fibosa em países como Argentina, Uruguai e Colômbia, em que a espanhola tem forte atuação, e incluirá seus produtos no leque ofertado pela parceira. A Globo também poderá atuar na área de carnes, com que a Fibosa já trabalha, além dos laticínios.
Segundo reportagem do Diário da Indústria e Comércio/SP, o acordo já rendeu a encomenda de um conjunto de tinas de coagulação para uma queijaria no Chile, com tecnologia própria, e de uma coluna dosadora de coalhada licenciada da Fibosa, a ser entregue para a uruguaia Conaprole, maior exportadora de lácteos do subcontinente. "As duas empresas têm produtos complementares e estão se aproximando. A tendência é que formem uma joint venture", previu o diretor comercial Paulo Azevedo.
No mercado interno, no entanto, nenhum grande negócio foi fechado este ano, o que levará a empresa a elevar suas vendas em apenas 3% ou 4%. A Globo aguarda a conclusão de três concorrências para laticínios e mais três com empresas de celulose, que elevam consultas.
Segundo o diretor executivo do G-100, associação de laticínios e cooperativas de médio e pequeno porte, Wilson Primo, grande parte das empresas da área tem impedimentos para investir e obter financiamentos, devido à baixa margem de lucro. "Os laticínios têm dificuldades para quitar todos os impostos federais ou aguardam os refinanciamentos do governo, e por isso não podem obter empréstimos", disse.
Por isso, a associação apresentará ao próximo governo uma proposta para as empresas poderem usar bens de patrimônio em garantia provisória para o recebimento da certidão negativa de débito, para obter crédito e evitar atrasos nos aportes. O grupo reivindica ainda linhas de crédito para capital de giro mais adequadas.
Fabricantes de máquinas diversificam mercado
Aguardando a chegada dos US$ 100 milhões em investimentos de empresas como Cemil, CCGL e Cosulati, os fabricantes de equipamentos para laticínios, como Globo Inox, Niro e Biasinox, buscam oportunidades no exterior e na indústria química e de celulose para continuar produzindo.
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