A Câmara de Comércio Exterior (Camex) criou uma classificação especial para produtos orgânicos dentro do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). Com isso, esses produtos destinados ao mercado externo serão identificados, possibilitando a averiguação da quantidade de orgânicos exportado, tanto em valor, como em toneladas. Também poderão ser identificados os compradores e produtos que mais saem.
O preenchimento do campo no registro de exportação é voluntário e não representa qualquer despesa ou burocracia extra para o exportador. "Com a identificação oficial, no futuro, os exportadores poderão conseguir tarifas mais vantajosas", previu o assessor técnico da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Jean Pierre Medaets.
O presidente da Federação das Associações Comunitárias Rurais de Iuna e Irupi (Faci), no Espírito Santo, José Augusto Sant'Ana, observou que o interesse dos estrangeiros pelos produtos ecológicos tem se intensificado. "Além de ser um produto mais aceitável, tem melhor preço", ressaltou.
Segundo a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil), em notícia do MDA, o negócio de produtos orgânicos do Brasil é estimado em US$ 250 milhões anuais. A Apex é responsável pelo projeto Organics Brasil, que estimula as exportações desse tipo de produto. De acordo com a agência, o potencial de crescimento médio desse mercado é de 25% ao ano.
Atualmente, o Brasil é o quinto produtor mundial de orgânicos. Cerca de 60% da produção brasileira é exportada. As maiores demandas de importação partem do Japão, Estados Unidos e União Européia. Em todo o mundo, os produtos orgânicos movimentam cerca de US$ 30 bilhões por ano.
Exportação de orgânicos pode ser controlada
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