Europa registra primeira queda de preços de leite em pó

Segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), 27ª semana do ano (de 2 a 6 de julho), os preços de exportação dos leites em pó no Oeste da Europa registraram a primeira queda. Alguns analistas acreditam que o declínio nos preços dos leites em pó europeus podem ser o primeiro indicador de que os altos preços começam a limitar a demanda.

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Segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), 27ª semana do ano (de 2 a 6 de julho), os preços de exportação dos leites em pó no Oeste da Europa registraram a primeira queda. O leite em pó desnatado ficou entre US$ 4.900/t e R$ 5.250/t, registrando uma redução média de 3,3% em relação à quinzena anterior.

O leite em pó integral ficou entre US$ 4.900/t e US$ 5.300/t, registrando uma queda, em média, de 1% em relação ao final de junho (semana de 18 a 22 de junho).

De acordo com o presidente do departamento de agricultura da Western Illinois University, nos EUA, Bill Bailey, alguns analistas acreditam que o declínio nos preços dos leites em pó europeus pode ser o primeiro indicador de que os altos preços começam a limitar a demanda, visto que os aumentos estão finalmente sendo passado aos consumidores, conforme informou notícia do site Stuff.co.nz. Bailey disse que os relatórios dos EUA indicam que a demanda recentemente começou a cair.

Gráfico 1. Média de preços semanais em 2007 de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

Figura 1

Manteiga e óleo de manteiga têm aumentos significativos na Europa

Em contrapartida, no Oeste da Europa, a manteiga e o óleo de manteiga ("butter oil") tiveram expressivas altas no mesmo período. O primeiro produto ficou entre US$ 4.800/t e US$ 5.500/t, registrando aumento médio de 29% em relação ao final de junho. Frente ao mesmo período do ano anterior, o valor médio da manteiga representa um acréscimo de 184%.

O óleo de manteiga ficou entre US$ 4.800/t e US$ 6.000/t, ultrapassando os valores dos leites em pó. Em relação à última quinzena de junho houve um aumento médio de 19,4%, e frente à mesma semana de 2006 houve uma alta de 140%.

Preços na Oceania continuam em alta

De acordo com o USDA, entre 2 e 6 de julho os preços dos leites em pó na Oceania registraram novas altas. O leite em pó desnatado ficou entre US$ 5.000/t e US$ 5.300/t, ultrapassando a média obtida na Europa, e representou um aumento de 4% em relação ao final de junho.

O leite em pó integral ficou entre US$ 4.500/t e US$ 4.800/t, registrando aumento médio de 3% em relação ao final de junho.

Tabela 1. Preços de exportação de lácteos, em dólares por quilo.

Figura 2

Equipe MilkPoint.
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Maria Renata Affonso de Almeida
MARIA RENATA AFFONSO DE ALMEIDA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 23/07/2007

Mantenho a dúvida, estes aumentos estão parecendo especulativos, pois não é possivel uma alta tão acentuada num curto espaco de tempo (2 meses).

Quanto ao consumo asiatico, é relativo, pois estes países também possuem estoques reguladores para controlarem o aumento da demanda. Assim, não vejo razão para tremendos aumentos, além do mais, a retirada do subsídio nos países do euro será gradual, fato este de que a retirada total se dará nos nos proximos 5 anos.

Estamos numa entressafa, a Argentina está num grande apagão energético. Assim, associado a estes fatores, estão os aumentos. Quanto às pastagens, não creio que sofrerão grandes alterações, pois quando novas áreas de cana aparecerem, conseqüentemente novas de pastagens também surgirão.

Assim, por gentileza, explique-me, qual a causa desumana para estes aumentos? Será a simpes demanda? Vejam, aumentos abusivos assutam a demanda, que por sua vez procuram novas alternativas. No aguardo, e forte abraço a todos.

<b>Resposta de Marcelo Pereira de Carvalho:</b>

Renata,

Obrigado pela carta. Na realidade, o que você colocou pode proceder. Estamos com preços nunca visto antes e é possível que haja uma especulação, puxando os preços para patamares além do que deveria ir.

Há, no entanto, quem considere que estejamos diante de um novo patamar de preços no mercado internacional, fruto dos seguintes aspectos: redução gradativa do superávit de lácteos da União Européia, atrelada a política de redução nos subsídios a exportação; etanol e biodiesel encarecendo o custo de produção de leite; demanda crescente nos países asiáticos para os próximos anos; mudanças climáticas afetando exportadores, como é o caso da Austrália.

Em função disso, acredita-se que, embora estejamos realmente em uma faixa de preços muito alta hoje, não voltaremos mais aos US$ 2.000/tonelada do passado.

Abraço,

Marcelo
Carlos Antônio Mareca
CARLOS ANTÔNIO MARECA

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - EMPRESÁRIO

EM 16/07/2007

Até quando irão estes aumentos? Alguém arrisca em informar?

Um abraço a todos.
Qual a sua dúvida hoje?