Europa: indústria de lácteos enfrenta desafios

Preocupações com a saúde, produção sustentável e reformas comerciais são os principais desafios que a indústria de lácteos enfrentará na segunda meta de 2007, de acordo com a European Dairy Association (EDA). Como parte de uma revisão da primeira metade do ano, a EDA estimulou as companhias a otimizar a reputação dos lácteos como alimentos saudáveis para aproveitar a demanda por produtos mais nutritivos.

Segundo o relatório, o leite e seus derivados podem se beneficiar de sua reputação como alimentos saudáveis ricos em proteínas e cálcio, mas terão que lidar com a questão da presença de gorduras saturadas e gorduras trans em alguns produtos, porque podem ter um efeito oposto nos consumidores preocupados com a saúde.

A indústria também terá que revisar os efeitos que a produção e o processamento têm no meio-ambiente. Citanto estudos recentes feitos pela Comissão Européia, o relatório diz que através do ciclo de produção, "da fazenda ao garfo", os produtos alimentícios e bebidas com os lácteos são vistos como igualmente prejudiciais ao meio-ambiente como os carros. As carnes e os produtos lácteos particularmente são tidos como importantes contribuintes para a mudança climática.

Em maio, a EDA entrou em uma discussão com a Comissão, recomendando formas de reduzir o impacto ambiental da indústria. A estratégia deverá sugerir maior uso de rótulos ecológicos, design ecológico e tarifas como principais ferramentas políticas para estimular a produção sustentável de lácteos.

A discussão com a Organização Mundial do Comércio (OMC) será outro importante fator que afetará as companhias de lácteos européias, particularmente no que se refere às barreiras às exportações e as reformas nas cotas de produção. O relatório destaca a rodada de negociações de Doha em particular como principal prioridade para criar uma produção global de lácteos mais estável. As questões que continuam sendo discutidas se referem a subsídios agrícolas, tarifas agrícolas, tarifas industriais, serviços e aberturas de mercados.

O relatório disse também que a entrada da Bulgária e da Romênia na União Européia (UE) adicionou outros 30 milhões de consumidores ao mercado europeu, enquanto criou uma capacidade adicional de 5 milhões de toneladas de leite.

A reportagem é do site Dairy Reporter.