O setor de lácteos dos Estados Unidos está surgindo como um importante obstáculo para qualquer acordo de livre comércio (ALC) entre Nova Zelândia e EUA. Há um crescente otimismo na Nova Zelândia sobre o acordo - seja como um ALC bilateral, seja como parte da expansão do bloco comercial P4, com Nova Zelândia, Chile, Cingapura e Brunei - mas os produtores rurais norte-americanos estão preocupados que as exportações de lácteos neozelandesas possam encher o mercado doméstico.
No centro da produção leiteira dos EUA, Wisconsin, o candidato democrata do Congresso, Roger Kittelson, alertou que a indústria no Estado poderá ser prejudicada se for fechado um ALC com a Nova Zelândia. Segundo ele, as importações de produtos lácteos neozelandeses, como concentrados de proteína do leite e outros produtos lácteos em pó, competirão diretamente com a produção de leite, queijos, soro de leite, manteiga, creme e lactose de Wisconsin.
Os EUA usam tarifas e cotas para manter os produtos lácteos estrangeiros fora do país - a Nova Zelândia tem uma cota de somente 151 toneladas de manteiga por ano -, mas a Fonterra tem construído um comércio lucrativo de leites em pó, incluindo concentrados de proteína do leite, que não existiam quando as cotas foram determinadas, mas são vendidas a altos preços.
Kittelson questionou porque os EUA ganhariam com um acordo de livre comércio com a Nova Zelândia. "O que conseguiríamos com o comércio com um país com somente 4 milhões de pessoas? Obviamente a Nova Zelândia aproveitaria os benefícios desse acordo". Kittelson também criticou o candidato republicano à presidência, John McCain, por sugerir que os EUA assinem um ALC com a Nova Zelândia.
Essas declarações foram feitas após a divulgação de uma pesquisa da CNN que mostrou que mais da metade dos norte-americanos agora se opõe ao livre comércio e vê isso como uma ameaça a seus empregos. Ainda, Kittelson alertou que os maiores preços dos produtos lácteos nos EUA, comparados com os de outras regiões do mundo, beneficiariam os produtores de lácteos neozelandeses e prejudicariam os de Wisconsin.
Em março de 2002, um relatório econômico estimou que as exportações neozelandesas aos EUA aumentariam em 51% no caso de um ALC bilateral entre os dois países e 49% no caso de um ALC ligando Nova Zelândia, Austrália e EUA. As exportações dos EUA à Nova Zelândia aumentariam em cerca de 25% e virtualmente todos os setores seriam beneficiados. Os ajustes de custos para os EUA seriam mínimos - a produção no setor mais impactado, o de lácteos, declinaria em somente 0,5%. A reportagem é do The National Business Review.
EUA: setor de lácteos se opõe ao livre comércio com NZ
O setor de lácteos dos Estados Unidos está surgindo como um importante obstáculo para qualquer acordo de livre comércio (ALC) entre Nova Zelândia e EUA. Há um crescente otimismo na Nova Zelândia sobre o acordo - seja como um ALC bilateral, seja como parte da expansão do bloco comercial P4, com Nova Zelândia, Chile, Cingapura e Brunei - mas os produtores rurais norte-americanos estão preocupados que as exportações de lácteos neozelandesas possam encher o mercado doméstico.
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MARCO AURÉLIO WEYNE
BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL
EM 12/08/2008
Os EU seguem como sempre a velha maxima "Façam o que eu digo mas não façam o que eu faço." Como não poderia deixar de ser. De novo !