EUA: pesquisadores usam soro para fabricar bioplástico

Uma nova pesquisa feita pelo Eastern Regional Research Center (ERRC) do Agricultural Research Service (ARS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), desenvolveu bioplástico usando soro de leite, um subproduto da fabricação de queijos.

O tecnólogo de alimentos, Charles Onwulata, usando um processo chamado "extrusão reativa", suplementou o polietileno - plástico comum não biodegradável - com proteínas do soro de leite.

A extrusão reativa envolve forçar o material plástico em uma câmara de aquecimento, onde este derrete e se combina com um agente químico que reforça antes de ser moldado em uma nova forma. Onwulata mostrou que combinando as proteínas lácteas com o amido durante este processo, é possível criar um material plástico biodegradável que pode ser misturado com polietileno e moldado em utensílios.

Trabalhando com o chefe de laboratório do Instituto Nacional de Pesquisas de Alimentos do Japão, Seiichiro Isobe, Onwulata criou um bioplástico combinando um isolado de proteínas do soro de leite, amido de milho, glicerol, fibras de celulose, ácido acético e a proteína láctea caseína e moldou o material na forma de copos. Ele observou que os bioplásticos feitos com proteínas lácteas eram mais flexíveis do que outros bioplásticos, tornando-os mais fáceis de serem moldados.

As misturas de bioplásticos podem substituir somente 20% do polietileno em um produto, de forma que os materiais resultantes são somente parcialmente biodegradáveis. Porém, Onwulata e seus colegas estão atualmente aplicando este processo ao ácido poliláctico (PLA), um polímero biodegradável.

"A mistura de bioplásticos à base de lácteos com PLA poderia eventualmente permitir que os produtores fizessem materiais completamente biodegradáveis", disse ele.